quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

LÍDER DE APU-PDGB ACUSA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE TENTAR CALAR PESSOAS

Nuno Gomes Nabiam, líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), acusa o presidente da república, José Mário Vaz, de tentar silenciar vozes dando instruções ao Ministério Público para intimidar pessoas
As acusações de Nuno Gomes Nabiam foram ouvidas, esta quinta-feira (05/01/2017), depois de ser auscultado no Ministério Público sobre as acusações da alegada tentativa de sequestro do líder do parlamento e da suposta tentativa de assalto a Assembleia Nacional Popular, que reafirma as suas acusações adianta ainda que as acusações que está a ser alvo são “puramente” políticas, por isso acusa o presidente de levar o país no abismo.
“O presidente deve entender a constituição da república e caso contrário não está com o povo. Agora é que a política começa de verdade. O presidente da república levou o país num abismo total mas está com medo de ouvir verdades. As ameaças não nos farão calar”, afirma.
Nuno Nabiam que garante entregar todas as provas destas acusações ao ministério público, defende ainda que a “guerra “de José Mário Vaz é de ter todos os poderes sob o seu controlo.
Nabiam, um dos candidatos às eleições presidenciais de 2014, acusa José Mário Vaz de ser um homem “altamente intriguista” que “ameaça o seu povo e a oposição” e que admite ter poderes de “matar, tortura e prender as pessoas”, por isso deve também ser chamado pelo ministério público.
“Esta declaração é crime. Na nossa constituição não existem estes poderes. Mas porque ele não foi chamado ao Ministério Pública? Ele é cidadão de primeira e nós somos da segunda”, conclui.
“O governo e o presidente devem saber que existe a oposição. Irei denunciar tudo o que se passa de mal na Guiné-Bissau e não teremos medo de ninguém e não nunca seremos intimados”, garante.
A sua chegada no Ministério Público, Nuno Gomes Nabiam acompanhado pelos dirigentes do partido foi escoltado por dezenas de militantes do partido que gritavam pela justiça e uma das palavras de ordem foi “medi caba na Guiné (já não existe medo na Guiné, tradução livre) ”, em referência a uma das palavras do presidente José Mário Vaz.
Depois de ser ouvido Nabiam foi escoltado até a sua residência, um pouco mais de um quilómetro do palácio de justiça, pelos seus apoiantes que fecharam uma faixa de estrada da via que leva ao centro de cidade. Os apoiantes estavam com bandeiras do partido e continuavam a gritar pelo fim da “ditadura”.
Reportagem & Imagem: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto




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