segunda-feira, 16 de março de 2015

PRIMEIRO-MINISTRO GUINEENSE CONSIDERA QUE HOUVE GRAVES ERROS DE GESTÃO NA TELECOM E NA GUINÉTEL



Domingos Simões Pereira falou no ato da abertura da primeira Conferência Nacional sobre Telecomunicações na Guiné-Bissau.

A operadora de telecomunicações angolana, Unitel, manifestou interesse em comprar a Guiné Telecom, tecnicamente falida, mas aguarda pelo lançamento de um concurso internacional por parte do Estado guineense, disse esta segunda-feira fonte oficial em Bissau. 

Eunice Lopes Esteves, presidente da Comissão de Gestão e Reestruturação das empresas Guiné Telecom e Guinetel (ambas detidas maioritariamente pelo Estado, mas falidas), deu esta indicação aos jornalistas à margem da abertura da primeira conferência sobre "As Telecomunicações na Guiné-Bissau".

Na iniciativa, que decorre até quinta-feira, compareceram alguns potenciais interessados em adquirir as ações das duas empresas falidas, entre as quais empresas do Gana, China, África do Sul, Roménia e sociedades de advogados em representação de outros eventuais interessados, notou Eunice Esteves.

A presidente da Comissão de Gestão e Restruturação da Guiné Telecom (operadora de telefones fixos e rede base) e Guinetel (rede móvel), disse desconhecer uma eventual presença de interesses portugueses na conferência, mas, em relação ao universo lusófono, admitiu a abordagem por parte do grupo angolano Unitel.

O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, que presidiu à abertura da conferência, exortou os responsáveis pelo processo de alienação das ações das duas empresas a não cometerem os "mesmos erros do passado", quando o país se abriu ao mercado no setor das telecomunicações.

Tendo como objetivo a definição de regras claras que possam atrair "investidores sérios", o primeiro-ministro propôs à equipa que coordena o processo que crie e faça o Governo adotar uma Carta de Política para o setor das telecomunicações.

rdp

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