O Movimento das Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau apelou ontem à comunidade internacional para que desbloqueie rapidamente os fundos prometidos ao país na mesa redonda de doadores, realizada em 25 de março em Bruxelas.
"O Movimento espera que, desta vez, haja um andamento mais rápido possível na concretização das promessas assumidas por parte da comunidade internacional na conferência de doadores de financiamento dos projetos, num total de 1,8 mil milhões de dólares", refere um comunicado do movimento, que reagrupa mais de 100 organizações.
A sociedade civil "exorta os titulares dos órgãos de soberania a terem maior cooperação, colaboração institucional e diálogo de forma a garantirem a estabilidade político-constitucional condição essencial para que o país possa merecer a confiança da comunidade internacional e desta forma desbloquear os fundos anunciados", diz ainda o comunicado.
A conferência internacional sobre a Guiné-Bissau foi organizada em conjunto pelo Governo da Guiné-Bissau, pela UE e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e decorreu no dia seguinte à suspensão das restrições à cooperação aplicadas pela UE em 2011, na sequência do golpe militar de 2010.
O encontro reuniu a comunidade internacional e a Guiné-Bissau no intuito de apoiar a estratégia própria do Governo em matéria de desenvolvimento para os próximos dez anos e visou também incentivar os doadores internacionais a assumir um compromisso quanto a uma assistência financeira, bem como a coordenar este apoio.
Portugal a comprometeu-se com um programa de cooperação de 40 milhões de euros.
A União Europeia comprometeu-se a conceder 160 milhões de euros para consolidar a democracia, reforçar o Estado de direito, acelerar a retoma económica e melhorar as condições de vida dos cidadãos.
MB // JMR
Lusa/Fim
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