Henrique Mendes, Presidente da ANCA-GB
Bissau, 03 Mar 15 (ANG) - O Presidente da Agência Nacional de Caju da Guiné-Bissau(ANCA-GB), afirmou que o combate a venda clandestina da castanha e a apreensão das viaturas dos infractores deverão ser as medidas a aplicar na campanha de comercialização do caju do presente ano.
Henrique Mendes, em entrevista concedida hoje à ANG, disse que para a melhoria das condições de comercialização da castanha de caju no país foi elaborado um documento com medidas de aplicação rápidas, a ser executadas pela Agência Nacional de Caju da Guiné-Bissau em parceria com o Ministério de Comercio e da Economia e Finanças.
O Presidente da ANCA-GB informou que no documento existem medidas referentes a concessão de alvarás, repatriamentos de divisas de empresas exportadores, remoções de postos de controlo e proibição de comércio clandestino nas linhas de fronteiriças.
Segundo Henrique Mendes, no ano passado saíram mais de 70 mil toneladas de castanha de caju pelas fronteiras terrestres sem o cumprimento das obrigações fiscais enquanto que no Porto de Bissau foram exportadas clandestinamente cerca de 20 mil toneladas, causando um prejuízo de 20 mil dólares ao Estado guineense.
“É preciso ser mais duro neste aspecto porque a castanha de caju é o principal produto de exportação da economia da Guiné-Bissau. Se se deixa escapar mais 20 mil toneladas anualmente, isto significa uma perda em cerca de noventa mil dólares, porque o preço de exportação é de mil dólares por tonelada”, considerou.
Aquele responsável sublinhou que é necessário a realização de acções de formação junto dos produtores sobre o tratamento de castanha desde a sua recolha, secagem, armazenamento e comercialização, no final deste mês e que esta será seguida de acções de sensibilização com materiais ilustrativos.
Henrique Mendes informou que todas essas acções estão a ser feitas em parceria com as intuições nacionais que actuam na fileira de caju incluindo a Câmara do Comércio, Industria ,Agricultura e Serviços e a empresa proprietária dos contentores "Maersk", porque o custo de transporte de um contentor de 20 pé de Bissau para índia varia entre mil e novecentos à dois mil dólares, enquanto que na Costa de Marfim o custo é de novecentos dólares por um contentor do mesmo tamanho.
Falando das previsões de exportação, o Presidente da ANCA-GB informou que o governo prevê atingir 200 mil toneladas de castanha para este ano, acrescentado que neste quadro vai trabalhar para diminuir a saída em quantidade do referido produto nas linhas fronteiriças principalmente do norte pais.
Caju da Guine-Bissau
Segundo ele, esta convicto de que o referido objectivo será alcançado de forma a abolir a venda clandestina da castanha.
Avisou que para o abolir é preciso criar condições que passa pela tomada de medidas económicas que possibilitarão os comerciantes comprarem castanha ao preço que é praticado no Senegal.
Interrogado sobre as dificuldades enfrentadas pelos comerciantes respondeu que tem a ver com falta de organização e dificuldades de acesso ao credito ou seja de financiamento, através dos bancos comercias que no ano passado financiaram apenas quatro num universo de 52 alvarás.Contudo , Henrique Mendes informou que o governo está a entabular contactos no sentido de angariar fundos para financiar os operadores nacionais.
Em relação ao preço, que nos últimos tempos têm sido fixados pelo governo proferiu que o mercado fosse o determinador do preço na base da lei da oferta e da procura,” isto é se a procura for maior a tendência é do preço subir”.Na campanha passada foram exportadas 136.584.066 toneladas de castanha contra os 200 mil toneladas previstas, e que representam um aumento na ordem de 4.722.226 toneladas em relação ao 2013.
Segundo dados do Ministério do Comércio, a campanha de 2014 terá rendido à economia nacional qualquer coisa como 137 milhões e dólares americanos.
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