Filho da “Puta” do Preto!
Até, os cães uivavam quando passávamos pelas ruas
Lá para longe...tudo o vento levou
Tudo acabou! Porque não aguento pressões e desprezo do meu
povo
Eu, Marieta adoro dizer, repetir exatamente tal e iguais
como as palavras foram-me ditas
Desabafo: perdi amigos e amigas por estar com uma pessoa
diferente
Lá para longe...tudo o vento levou
Até, fomos espreitados e vigiados pelas janelas
Até, os cães uivavam quando passávamos pelas ruas
Filho da “Puta” do Preto que vá para a terra dele!
Que culpa tenho eu Marieta de gostar de uma pessoa
diferente
Uma delas perguntou-me: Com tantos homens no mundo foste
arranjar logo um “Preto”?
Acrescentou: Credo nossa Senhora, dormir com um “Preto” na
Cama? Eu? Ate-me assustava!
Que culpa tenho eu Marieta de amar a pessoa diferente
Acordar com um “Preto” na cama, que escuridão?
Devem ter umas patas de elefante...
Até, fomos espreitados e vigiados pelas janelas
Até, os cães uivavam quando passávamos pelas ruas
Tudo acabou! Porque não aguento pressões e desprezo do meu
povo
Eu não ando atrás de ninguém e nem tão pouco ando a procura
do dinheiro ou qualquer coisa do género
Um amigo meu perguntou-me: andas com este filho da “Puta”
do Preto?
Merecias bem melhor...mal empregue nesse gaijo
Que culpa tenho eu Marieta de amar uma pessoa diferente?
Ninguém manda no seu próprio sentimento
O que é que esse gaijo tem que os outros não têm?
O que é que a Dona Marieta viu nele?
Respondi: uns olhos lindos, ele é inteligente e gosto muito
da pele dele
Lá para longe...tudo o vento levou
Tudo acabou! Porque não aguento pressões e desprezo do meu
povo
Fui brigada adiar este abraço
Fui obrigada adiar o amor para sempre
Amor...uma faca de dois gumes
Fui obrigada abandonar o barco
Até, fomos espreitados e vigiados pelas janelas
Lá para longe...tudo o vento levou
Tudo acabou! Porque não aguento pressões e desprezo do meu
povo
Autor: Pate Cabral Djob
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