Fidel Castro fez sua primeira declaração sobre a reaproximação de Cuba com os EUA, apoiando uma solução pacífica para o conflito entre os dois países.
Na carta, lida pelo presidente da Federação Estudantil Universitária (FEU), Randy Perdomo, o líder revolucionário de Cuba sublinha "a exemplar conduta do nosso povo". "Defender a paz é um dever de todos. Qualquer solução pacífica e negociada dos problemas entre os Estados Unidos e os povos ou qualquer povo da América Latina, que não implicar a força ou o emprego da força, deverá ser tratada de acordo aos princípios e normas internacionais", comentou Castro.
"Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e entre eles os dos nossos adversários políticos. É algo que estamos reclamando para todos", frisou o comandante.
Falando do processo de reaproximação, acrescentou que "o presidente da Cuba [Raúl Castro, irmão de Fidel] tem realizado passos pertinentes de acordo com as suas prerrogativas e poderes concedidos pela Assembleia Nacional e o Partido Comunista da Cuba".
O evento na UH foi organizado para celebrar os 70 anos do ingresso de Fidel Castro "nesta querida e prestigiosa instituição", que naquela época "era a única que havia na Cuba".
No seu discurso, Castro reiterou a sua admiração pela doutrina de Marx e Lenin, dois "gênios da ação revolucionária".
Lembrou também que "a saudação pessoal dos presidentes de Cuba e dos Estados Unidos produziu-se nos funerais de Nelson Mandela, insigne e exemplar combatente contra o apartheid, que tinha uma amizade com Obama".
Além do discurso de Fidel Castro, durante o evento na universidade foram entregues placas comemorativas do 280º aniversário da UH aos "cinco heróis" - cinco cubanos ex-prisioneiros nos EUA, também chamados de "Miami Five" ("Os Cinco de Miami"): Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González. Eles receberam também um reconhecimento das mãos do reitor da UH.
cartamaior
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