22 anos depois, países africanos lusófonos voltam a encontrar-se e criam órgão para os representar nas organizações internacionais.
José Eduardo dos Santos foi eleito esta segunda-feira o primeiro presidente do Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, cuja cimeira constitutiva decorreu em Luanda.
De acordo com o comunicado final, lida pelo ministro das Relações Exteriores angolano - Georges Chikoti, logo após a assinatura da declaração constitutiva do FORPALOP pelos Chefes de Estado e de Governos dos cinco países que integram a organização, o primeiro mandato deste fórum vigorará entre 2014-2016. "A Cimeira encorajou o Presidente eleito a prosseguir os esforços na materialização das ações identificadas e não concluídas no quadro da cooperação dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa, com vista a uma atuação conjunta cada vez mais significativa e influente".
No discurso de abertura desta cimeira, Eduardo dos Santos enfatizou que o novo fórum permitirá aos Estados Membros uma melhor afirmação e promoção dos seus interesses no contexto das organizações internacionais, regionais e sub-regionais em que se inserem.
Nesta cimeira de Luanda, além do Presidente de Angola, participaram os presidentes de Cabo Verde - Jorge Carlos Fonseca, de São Tomé e Príncipe - Manuel Pinto da Costa, da Guiné-Bissau - José Mário Vaz, além do primeiro-ministro moçambicano - Alberto Vaquina. Durante o encontro, segundo o comunicado final, "reafirmaram-se os laços profundos" que "unem" as antigas colónias portuguesas em África, bem como a "disposição" destes países de "contribuir ativamente para que os cinco países possam desenvolver as suas enormes potencialidades". Recomendaram ainda a "revisão dos acordos e protolocos de cooperação" entre os cinco países, bem como a "identificação de outras áreas de cooperação futura, com particular realce para a vertente empresarial", tendo em vista "reforçar os programas de cooperação em torno dos objetivos comuns partilhados".
A propósito das recentes eleições na Guiné-Bissau, que culminaram no restabelecimento da ordem Constitucional, os Chefes de Estado e de Governo dos PALOP apelaram à comunidade internacional para prestar apoio ao país, no âmbito dos programas de desenvolvimento e do fundo de emergência. Foi ainda reiterado o apoio à candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, para o período 2015-2017.
RDP
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