sexta-feira, 4 de julho de 2014

ALFREDO BARROSO: FUNDADOR DO PS ATIRA-SE A ANTONIO COSTA



Alfredo Barroso, que tinha assinado manifesto de apoio de 25 fundadores, acusa autarca de Lisboa de "simplificação grosseira" sobre política de coligações.

O fundador do PS, Alfredo Barroso, acusa António Costa - num texto publicado esta quinta-feira ao fim da tarde no seu Facebook - de "se furtar à discussão, dentro do PS, [sobre] uma política de alianças".

O antigo chefe da Casa Civil de Belém, no tempo da Presidência de Mário Soares, tinha assinado no fim de semana um manifesto em que 25 fundadores davam apoio a António Costa, na disputa interna socialista, nota que "aquilo a que António Costa chama, com desprezo, a 'teoria do pisca-pisca', para se furtar à discussão, dentro do PS, de uma política de alianças, é, no mínimo, uma deselegância em relação àqueles que, como eu, acham que esse é um debate incontornável, face ao estado a que o partido chegou".

Depois acusa Costa de ter lançado uma "'fanfarronice' (que mais parece um 'sound bite' no pior estilo de Paulo Portas) é, sobretudo, uma simplificação grosseira daquilo que está em causa". E explica que o que está em causa "não se trata propriamente de saber com que partido ou partidos o PS se coligará, caso não obtenha maioria absoluta nas próximas eleições legislativas".

"Trata-se, isso sim, de saber em que condições estará o PS disposto a negociar, com os partidos à sua esquerda, uma plataforma mínima de entendimento - que não passa necessariamente por uma coligação de governo - e que deve ter em vista, fundamentalmente, a viabilização e sustentabilidade de um futuro governo do PS ancorado à esquerda."

"Esta inusitada atitude de António Costa não augura, em meu entender, nada de bom", aponta Barroso, para depois se perguntar "que novas 'teorias' António Costa irá inventar, para se furtar ao debate da questão do Tratado Orçamental, da questão da renegociação e/ou reestruturação da dívida, da questão das privatizações e da questão da promiscuidade entre o PS e os negócios?"

DN

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