quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Eleições gerais: FERNANDO DIAS CRITICA DETENÇÕES DE OFICIAIS BALANTAS ACUSADOS DE TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO


Fernando Dias da Costa, candidato independente à eleição presidencial e que está a ser apoiado pelas coligações, Aliança Patriótica Inclusiva – Cabas Garandi e a Plataforma Aliança Inclusiva – Terra Ranka, criticou duramente a detenção de oficiais balantas acusados de tentativa de golpe, tendo questionado, se “será só os balantas é que fazem golpes”.

Dias fez estas críticas esta terça-feira, 4 de novembro de 2025, durante a sua comunicação na povoação de Matu Dinghal, seção de João Landim, durante a sua deslocação naquela zona no quadro de contactos com as bases na corrida a caça ao voto de eleitores.

O Estado-Maior General das Forças Armadas denunciou no passado dia 31 de outubro último, uma tentativa de golpe de estado anunciando, o envolvimento de alguns oficiais generais e superiores das forças armadas, dentre os quais o brigadeiro-general Daba Na Walna, diretor da escola de instrução militar de Cumere e tido como o líder do grupo.

Sobre a detenção de oficiais suspeitos da subversão da ordem constitucional e que na maioria dos detidos são da etnia balanta, Fernando Dias da Costa disse que na verdade o país não está bem e acusou o regime de “criar o problema esses dias e que é uma mentira”.

“Somente os balantas é que estão a ser detidos e acusados de tentativa de golpe de Estado. Serão apenas os balantas que fazem golpes de Estado? Outros grupos étnicos não fazem golpes de Estado? Apenas os oficiais balantas é estão a ser detidos em Bissau”, criticou o candidato à eleição presidencial, para de seguida, voltar a questionar a essência da unidade nacional que alguns políticos estão propagar nas tabancas.

“Oficiais balantas estão a ser detidos e estão a morrer nas celas. Os políticos que afirmam que querem balantas quando é que vão levantar as suas vozes para reclamar contra as detenções injustas de oficiais balantas por suspeitas de golpe?”

Criticou ainda o silêncio de políticos, que segundo ele, dizem que gostam de balantas, mas não criticam a detenções de oficiais balantas acusados de golpes.

“Quantas vezes estou a denunciar e criticar esta situação. Não posso caminhar de mãos dadas consigo, mas decidiu de forma arbitrária deter o meu irmão… fiquei calado sem dizer nada e depois voltar a prender o meu outro irmão, mantive-me calado e de seguida ele vai preender aquele seu amigo”, disse.

Lembrou que as pessoas caminharam juntamente com o Kumba Ialá, mas quando este faleceu, estas pessoas até hoje não têm coragem de ir buscar o “cabaço de sorte”.

“Si tiver o seu irmão ou seu filho que morreu de forma súbita, não vai levantar-se para saber da origem da morte do seu ente querido”, disse o político em língua balanta, para de seguida, prosseguir em balanta dizendo que , “se for eleito Presidente da República da Guiné-Bissau nestas eleições, vou investigar a morte de Kuma Yalá.

Por: Assana Sambú
odemocratagb

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