O secretário de Estado das Finanças de Cabo Verde, Alcindo Mota, reafirmou o firme compromisso do seu país com a causa climática e com os desafios que afetam os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID), destacando a necessidade de transformar a vulnerabilidade em liderança.
Falando na Conferência Ministerial da Comissão Climática dos Estados Insulares Africanos (AISCC), a decorrer em Bissau, o governante cabo-verdiano alertou que as alterações climáticas representam a maior ameaça ao desenvolvimento humano e à estabilidade económica mundial, lembrando que a África contribui com menos de 4% das emissões globais, mas é um dos continentes mais afetados pelos impactos climáticos.
“Esta Conferência representa um momento decisivo, uma oportunidade para reforçarmos o compromisso político e estratégico que dá corpo à nossa identidade coletiva e para adotarmos decisões concretas que transformem a vulnerabilidade em liderança e a ambição em resultados”, afirmou.
O governante defendeu ainda uma mudança de paradigma no acesso ao financiamento climático, lamentando que o continente africano receba apenas 3% dos fundos globais destinados à ação climática. “Temos a obrigação moral e política de estar na linha da frente da ação climática global e de defender com firmeza a justiça climática”, sublinhou.
Alcindo Mota anunciou ainda que, com a introdução dos marcadores climáticos no Orçamento de Estado de 2026, Cabo Verde dará um passo decisivo para uma política fiscal alinhada com o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Por sua vez, a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Geneviève Boutin afirmou que a COP30 será um momento crucial, para os Estados insulares africanos se unem esforços no acesso mais equitativo ao financiamento climáticos, a fim de construir um maior resistência e prosperidade.
RSM: 16-10-2025
: BS
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