As autoridades guineenses denunciaram nesta sexta-feira a alegada preparação de um golpe de Estado militar numa altura em que o país se prepara, já neste sábado, a entrar em período de campanha para as eleições gerais previstas a 23 de Novembro.
A denúncia foi feita em conferência de imprensa nesta manhã nas vozes dos generais Mamadu Turé, vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, e Fernando da Silva, chefe da divisão de quadros e pessoal das Forças Armadas guineenses.
O golpe estaria em preparação com o envolvimento de alguns oficiais generais das Forças Armadas.
O brigadeiro-general Daba Na Walna, antigo porta-voz do Comando Supremo que destituiu o então Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, em 2012, num golpe militar e ex-presidente do Tribunal Militar Superior, seria um dos envolvidos na conjura.
A confirmação aqui na voz do brigadeiro-general Fernando da Silva.
"Esta conferência de imprensa tem como propósito denunciar mais uma tentativa de subversão da ordem constitucional, numa altura em que o país se prepara para a realização das eleições gerais que terão lugar no dia 23 de Novembro. Este triste episódio, que conta com o envolvimento de alguns oficiais generais e superiores das nossas Forças Armadas, põe em causa a paz e estabilidade tão almejada para o desenvolvimento socioeconómico e a atracção de investimentos externos. Neste momento está em curso um inquérito para o apuramento de todos os envolvidos neste triste caso e que serão responsabilizados conforme a lei", declarou o brigadeiro-general Fernando da Silva.
O vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Mamadu Turé, disse que todos os envolvidos serão detidos nos próximos tempos, civis ou militares e que o processo eleitoral não será interrompido.
A campanha para as eleições legislativas e presidenciais de 23 de Novembro próximo, arranca já amanhã, sábado, 1 de Novembro.
Por: Mussá Baldé
rfi.fr/pt/

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