sexta-feira, 14 de abril de 2017

QUEM PROVOCAR GUERRA NA COREIA "DEVE ASSUMIR RESPONSABILIDADES"



O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, advertiu hoje que quem provocar uma guerra na península coreana "deverá assumir as suas responsabilidades históricas e pagar o preço".

"Se houver uma guerra, o resultado será uma situação em que todos perdem e ninguém sairá vencedor", afirmou Wang, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Marc Ayrault.

Devido ao aumento da tensão na região e ante um possível ensaio nuclear na Coreia do Norte, o ministro chinês desafiou todas as partes a retomarem o diálogo e a "não deixarem que as coisas evoluam até um ponto irreversível e incontrolável".

Pequim pediu contenção, enquanto Pyongyang ultima os detalhes para as celebrações do aniversário do nascimento do fundador do país, este fim de semana, quando se teme que possa levar a cabo um teste nuclear.

Washington enviou já um porta-aviões para águas próximas do país.

"A China opõe-se sempre com firmeza a qualquer ação suscetível de aumentar as tensões", afirmou Wang, assinalando que, nesta crise, "o vencedor não será o que faça afirmações mais duras ou exiba mais músculo".

Wang Yi recordou o dizer chinês "as oportunidades estão sempre nas crises", para afirmar que o agravamento da tensão devolve atualidade à proposta chinesa de que todas as partes suspendam os ensaios, manobras e atividades militares, como um passo prévio para retomar o diálogo.

"Esta é a oportunidade que devemos de procurar e aproveitar", disse Wang, sublinhando que Pequim está disposto a "escutar qualquer proposta útil".

Um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang considerou hoje que um teste nuclear por parte de Pyongyang seria "perigoso e irresponsável".

A China, o principal aliado internacional do regime norte-coreano, é responsável por 90% do comércio da Coreia do Norte.

Pequim teme que a queda do regime desencadeie uma onda de refugiados para a China e um reforço da presença de tropas norte-americanas na sua fronteira.

Conosaba/Lusa

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