Lesmes Monteiro Torres Gemeos; espancado!
Lesmes Monteiro, um jovem activista do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) com a crise política na Guiné-Bissau, foi hoje alvo de uma agressão física na sua residência por parte de desconhecidos, revelou uma fonte dos inconformados.
Segundo a fonte, Lesmes Monteiro, um conhecido cantor de intervenção social, foi agredido "de forma violenta, talvez com intenção de o matar", quando chegava à sua residência num bairro periférico de Bissau.
O também porta-voz do MCCI, que tem liderado manifestações pacíficas contra o atual regime na Guiné-Bissau, terá sido atingido no peito e na cabeça com golpes de arma branca, adiantou a mesma fonte.
A residência e a viatura de Monteiro também foram vandalizados, precisou a fonte.
Por razões de segurança, os líderes do movimento encontram-se "escondidos num lugar seguro", em Bissau.
Contactado pela agência Lusa, o comissariado geral da Polícia de Ordem Pública (POP) disse desconhecer a agressão a Monteiro, mas prometeu averiguar a situação e comunicar aos jornalistas assim que obtiver mais dados.
O MCCI, plataforma integrada essencialmente por organizações de jovens, acusa o Presidente guineense, José Mário Vaz, de ser o principal responsável pela persistência da crise política no país, que já dura há quase dois anos.
O movimento exige a José Mário Vaz que renuncie ao cargo e dissolva o Parlamento para que os guineenses possam eleger um novo Presidente e novos deputados, consequentemente outro governo.
Dentre as várias já organizadas em Bissau o movimento agendou para o próximo dia 22, uma manifestação pacífica contra o actual regime.
Numa audiência com o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, na segunda-feira passada, o presidente do MCCI, o jovem advogado Sana Canté, anunciou que o dirigente lhes disse que colocaria o seu lugar à disposição do chefe do Estado caso algum dirigente do grupo fosse agredido numa manifestação pacífica de rua.
É que dias antes da audiência, no sábado, uma vigília dos inconformados em Bissau tinha sido dispersada pela política que usou granadas de gás lacrimogéneo e bastonadas.
Alguns elementos do movimento estiveram detidos pela polícia durante algumas horas, para serem libertados com a intervenção da Liga dos Direitos Humanos e oficiais das Nações Unidas.
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