Accra (Ghana), 03 Mar 15 (ANG) - A Guiné-Bissau, Nigéria e o Mali são países oeste-africanos em que organizações internacionais para a promoção da liberdade de impressa pretendem intervir nos próximos tempos para melhorar a qualidade dos respectivos órgãos de comunicação nacional.
A intenção foi expressa numa reunião segunda-feira, em Accra, Ghana, entre membros da Direcção e correspondentes da Fundação dos Media da África Ocidental (MFWA), organização oeste-africana de protecção dos jornalistas, e seus principais parceiros, nomeadamente a Fundação "Open Society" e "Reporteres Sem Fronteira".
O enfoque nestes países, segundo confidenciou a ANG o representante da "Open Society", decorre da própria situação interna dos respectivos media, caracterizada por insuficiências em termos de equipamentos e de formação de seus quadros..
"Por exemplo, na Guiné-Bissau, pelo que pude recolher do MFWA, os órgãos de informação, principalmente independentes vivem numa penúria total", afirmou Edward Pittman que adianta que, todavia, irão informar-se mais da situação no terreno para depois se intervirem.
O representante do "Repórteres Sem Fronteira" no encontro de Accra disse que os projectos que se idealizam para esses países poderão durar entre um a dois anos, dependendo das necessidades da imprensa local e que irão trabalhar em estreita colaboração com os actores locais, nomeadamente as organizações da classe."
A estratégia da intervenção se resume em três pontos: reforço da capacidade dos órgãos locais, sensibilização do Estado e da Sociedade Civil para jogarem o seu papel na promoção da liberdade de expressão e protecção dos jornalistas e incentivar o jornalismo de investigação", reforçou Marius Dragomir.
O encontro reuniu representantes residentes da MFWA na Guiné-Bissau, Cabo-Verde, Mali e Nigéria além da representante do Instituto "Panos", baseada em Dakar, Senegal, Diana Senghor.
Despacho enviado por José Augusto Mendonça, da ANG(correspondente em Bissau da MFWA)
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