segunda-feira, 3 de março de 2014

O PRESIDENTE DE TRANSIÇÃO DA GUINÉ-BISSAU, SERIFO NHAMADJO, REJEITOU HOJE, NUMA DECLARAÇÃO AOS JORNALISTAS, CANDIDATAR-SE ÀS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 13 DE ABRIL, POR RESPEITO "À CONSCIÊNCIA E À COERÊNCIA".


O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, rejeitou hoje, numa declaração aos jornalistas, candidatar-se às eleições presidenciais de 13 de Abril, por respeito "à consciência e à coerência".

Nhamadjo disse que não lhe faltam "vontade" nem "manifestações de simpatia" para avançar. "Mas em respeito à palavra e coerência não serei candidato", referiu, dizendo estar a dissipar todas as dúvidas levantadas.
Na sexta-feira, um conjunto de 13 organizações da sociedade civil manifestaram-se contra uma eventual candidatura de Nhamadjo à presidência.
Em comunicado, pediram mesmo a intervenção das instâncias internacionais no sentido de o demover, por considerarem que a candidatura seria uma "violação grosseira do Pacto de Transição" em vigor.
Falando hoje aos jornalistas, no Palácio da Presidência, em Bissau, ladeado pelos conselheiros, Nhamadjo garantiu nunca ter dito a quem quer fosse que ia ser candidato, pelo que considera que tudo não passou de uma "calúnia" contra a sua pessoa.
Presidente de transição na sequência do golpe de Estado militar de abril de 2012, lembrou que os instrumentos criados para gerir este período (Pacto e Acordo Político, equiparados a uma mini-constituição) vedam expressamente ao presidente e ao primeiro-ministro a possibilidade de se candidatarem.
O presidente de transição esclareceu que a decisão de não se apresentar à corrida eleitoral não tem nada a ver com uma eventual pressão por parte dos militares ou mesmo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Antes pelo contrário, da parte dessas duas instituições, dos militares nacionais e da CEDEAO, a manifestação tem sido no sentido de solicitar que me apresente", declarou Nhamadjo.
Realçou ainda que nunca irá ser "fator de instabilidade" na Guiné-Bissau e disse que, a partir das próximas eleições, espera ver aqueles que o povo considerar "os melhores filhos" a dirigirem o país.
Sobre os candidatos que se perfilam, Nhamadjo disse que são "bons quadros" do país.

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