Governo agradece apoio essencial de Timor-Leste. CNE diz que recenseamento "bem feito" facilita eleições de Abril
O número foi revelado pelo ministro da Administração do Território, numa cerimónia em Bissau em que entregou ao presidente da Comissão Nacional de Eleições os 2983 cadernos eleitorais que vão servir de base ao escrutínio. Na ocasião, Batista Té disse estar a cumprir "um passo importante" para a realização das eleições legislativas e presidenciais, uma vez que, para além das listas de eleitores, os cadernos contêm também mapas de distribuição das mesas de voto. De acordo com o ministro, os partidos políticos e os candidatos às presidenciais também podem ter acesso aos cadernos eleitorais desde que os peçam formalmente ao Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, instituição governamental que executou o recenseamento. Quanto ao recenseamento em si, o governante disse ter atingido "resultados surpreendentes", com o registo de 775508 eleitores num processo que acabou por durar dois meses em vez dos 21 dias previstos.
No recenseamento anterior, realizado em 2008, tinham sido registadas cerca de 600 mil pessoas nos cadernos eleitorais. Desta vez, "foi feito um árduo trabalho visando o registo dos eleitores com aplicação de um novo modelo a que se convencionou chamar de recenseamento manual melhorado", afirmou Batista Té. O ministro destacou a contribuição do governo de Timor-Leste no sucesso do recenseamento, lembrando ter sido aquele país quem disponibilizou os equipamentos electrónicos utilizados no registo dos eleitores.
Para o presidente da CNE a entrega dos cadernos eleitores "é uma etapa importante" porquanto, sublinhou, foi ultrapassado "um grande desafio" que foi o recenseamento de eleitores. Augusto Mendes frisou também que, tendo um recenseamento "bem feito", a CNE terá poucas dificuldades para realizar as eleições a 13 de Abril.
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