Palácio da Presidência da Guiné-Bissau. Liliana Henriques / RFI
Na Guiné-Bissau, a campanha eleitoral para as eleições legislativas e presidenciais de 23 deste mês já vai no seu quinto dia. Os principais candidatos à presidência da República desdobram-se em contactos com a população, essencialmente no interior do país.
A campanha eleitoral começa a aquecer com Umaro Sissoco Embaló, Fernando Dias, João Bernardo Vieira, Siga Batista e José Mário Vaz como protagonistas.
O Presidente cessante, Sissoco Embaló tem andado pelo sul da Guiné-Bissau. Esteve designadamente em Empada onde voltou a frisar que "a sua geração é a geração da verdade que não mente ao povo".
Disse que "no seu primeiro mandato fez mais hospitais, estradas e colocou água potável nas comunidades do que nos 50 anos do governo do PAIGC".
Sissoco Embaló afirmou ainda que "sob a sua presidência, a Guiné-Bissau deixou de conhecer assassinatos políticos".
Pediu ao povo do sul da Guiné-Bissau para "não se deixar enganar pelo PAIGC que agora foi buscar Fernando Dias para ser seu candidato presidencial".
Sissoco Embaló afirmou "não se preocupar com Fernando Dias ou com outro candidato" e garantiu que será reeleito no próximo dia 23.
No sentido contrário a Sissoco Embaló, a candidatura de Fernando Dias está confiante na vitória.
Na cerimónia de apresentação da nova direcção da campanha de Fernando Dias, agora com elementos da PAI-Terra Ranka, o director da campanha de Dias, Mário Fambé, disse que "os guineenses se devem juntar à candidatura de Fernando Dias para restituir a liberdade aos cidadãos".
António Patrocínio Barbosa, da direcção do PAIGC, entende que "nada impedirá a vitória de Fernando Dias" que disse "vai promover a verdadeira mudança na Guiné-Bissau."
Num outro registo, um grupo de dirigentes do PAIGC, elementos que integram o Governo mesmo à revelia da direcção, manifestaram-se contrários ao apoio do PAIGC ao candidato Fernando Dias da Costa.
O grupo, liderado pelo actual chefe da diplomacia guineense, Carlos Pinto Pereira, diz que o apoio do PAIGC a Fernando Dias da Costa viola os estatutos do partido por ter sido tomada por braço no ar, quando "devia ser por voto secreto".
Por: Mussá Baldé
rfi.fr/pt

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