O Partido da Renovação Social (PRS) considerou esta terça-feira, 07 de Outubro, de “graves” as declarações proferidas pelo presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, que admitiu durante um encontro ontem com parceiros ter atribuído oito pastas ministeriais à segunda força política guineense.
De acordo com o líder do PAIGC, além dos postos ministeriais, o PRS teria a possibilidade de escolha de personalidades para os referidos cargos.
Em resposta às declarações de Simões Pereira, o porta-voz do PRS, Victor Pereira disse que os renovadores ficaram perplexos “pela gravidade das afirmações” de Domingos Simões Pereira proferidas a 6 de Outubro num encontro com os representantes da comunidade internacional em Bissau.
“No quadro da boa convivência democrática e das boas relações que norteiam o entendimento entre PRS e PAIGC, não gostaríamos de responder, porém, dada à gravidade das declarações optamos por repor a verdade dos factos”, frisou Pereira numa comunicação à imprensa.
Lembrou que durante a ronda negocial entre as duas formações políticas apenas duas sessões foram realizadas, nomeadamente nos dias 25 e 27 de Setembro sem acordo alcançado.
“Ao contrário das exigências do PAIGC do apoio integral a nível da governação e do Parlamento, o PAIGC apenas se disponibilizou a atribuir sete pastas, e não oito conforme afirmou o presidente do PAIGC, com a agravante de se terem recusado a revelar a lista de pastas atribuídas ao PRS”, contou.
Quanto à liberdade de escolha, Pereira disse que o PAIGC, sempre se mostrou intransigente, impedindo que o PRS indigite os seus quadros para o governo.
Victor Pereira considera que a insistência do seu partido deu frutos apenas depois da decisão formal da Comissão Política na qual o PRS deixou claro a sua posição de não integrar o governo liderado por Carlos Correia.
Enquanto segunda força política, adianta Pereira, o PRS não podia de forma nenhuma aceitar aquilo que considera como tentativa de humilhação da parte de quem devia ter um “obrigado” após um ano de “exercício comum”.
Pereira prometeu que o PRS não defraudará o povo guineense, prometendo continuar a pautar pelas melhores soluções que se exige numa verdadeira democracia.
Por: Sene Camará/odemocrata
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