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Guineenses,
No dia 10 de Outubro, o Secretário-geral do PRS, Dr. Florentino Mendes Pereira, recebeu por volta das 23 horas e alguns minutos uma chamada através do número 5828320 seguidas de severas ameaças a sua integridade física. O autor da chamada, ainda por identificar entre outros argumentos, acusou o Dr. Florentino Mendes Pereira de ser responsável pelo fracasso das negociações entre o PRS e o PAIGC, pelo que pagará caro a sua atitude.
A seguir a chamada, o Dr. Florentino Mendes Pereira, para além de informar todos os membros da direcção do PRS, fez contactos com outras estruturas tais como os serviços de Informação de Estado, entidade responsável para solução de problemas dessa natureza. Amanhã, a Direcção do PRS vai solicitar a Operadora Orange informações sobre o detentor do número, porque, todos os números são registados. Com isso, o PRS quer mostrar que, existem todas as possibilidades do autor da chamada ser localizada. Ou a operadora Orange se responsabiliza, mas qualquer coisa tem de acontecer.
A História antes das ameaças
As ameaças ao Secretário-geral do PRS aconteceram depois de duas reuniões realizadas entre os dias 09 e 10 de Outubro corrente. Como é do conhecimento de todos, a CEDEAO enviou para a Guiné-Bissau, o ex-presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo para poder encontrar a ponte entre os actores políticos, mas principalmente entre o PAIGC e o Presidente da República. Quando chegou ao país, Obasanjo reuniu com o Presidente da República, com o PAIGC e depois, por sua iniciativa, reuniu com o PRS. Na reunião com o PRS ele disse que quis saber quais as razões do partido não ter integrado o Governo do PAIGC.
Como é óbvio, os dirigentes do PR explicaram os motivos que estiveram na origem do falhanço. O mediador se comprometeu a estabelecer um novo contacto entre o PAIGC e o PRS através de um encontro por ele patrocinado. A meio do encontro, como é protocolar, Obasanjo retirou-se da sala e permitiu para que o PAIGC e o PRS se entendessem sobre certos aspectos, a começar pelo número de pastas. O Presidente do PRS manifestou ao do PAIGC a sua discordância com a sua atitude durante as negociações e considerou de nada transparente dar pastas sem revelar quais são. O clima foi desanuviado e partiu-se praticamente para novas negociações. Desta vez, o Presidente do PAIGC foi mais frontal, quando disse ao PRS que em vez de sete pastas antes prometidos, agora o partido só pode dar 6 com pretexto de que os quadros indicados pelo PAIGC já sabem que foram ministeriáveis e tirá-los agora seria provocar mais outro descontentamento.
A direcção do PRS mostrou ao presidente do PAIGC que, da parte do PRS a situação pode até ser mais complicada, porque se o partido exigiu 10, foi oferecido sete e não aceitou, não havia qualquer possibilidade de se aceitar 6. Contudo, a direcção pediu tempo para na tarde do mesmo dia contactar os seus órgão para poder posicionar sobre o assunto.
O Partido iria reunir às 17 horas, mas minutos antes, recebeu mais uma chamada de Obasanjo a pedir encontro. No novo encontro, o PRS mostrou à CEDEAO que há um claro sinal do PAIGC não contar com o PRS. Primeiro, pelas novas condições apresentadas de dar apenas 6 pastas. Antes da reunião terminar, o PRS soube que o PAIGC já tinha entregue uma nova lista à Obasanjo que entregou ao Presidente da República. Isto é, em vez de esperar para que o PRS mantivesse informado aos seus dirigentes sobre as novas condições impostas, o PAIGC avançou com a lista. Curioso é que, Obasanjo levou a lista sem saber se os nomes dos dirigentes do PRS não constavam.
Portanto, isso é para mostrar até que ponto o PRS está de boa-fé nesse processo. Mas infelizmente o PAIGC tem feito tudo ao contrário para denegrir a imagem do PRS. O PRS nunca pediu para ser integrado no Governo. Foi isso que os seus dirigentes disseram à Obasanjo. O Partido vai para oposição fazer o seu trabalho para poder pedir voto aos guineenses nas próximas eleições. Quem cabe a missão de governar é o PAIGC e o PRS sabe disso perfeitamente. O que o PRS também sabe e que não aceitará são às imposições e as chantagens.
Isso será levado à sério
Em muitos casos, as ameaças de morte constituem, estratégias de pressão. Sabê-lo muito bem. Mas neste caso em particular, o PRS levará muito a sério. Se os outros têm pessoas para ameaçar e posteriormente matar, nós também temos essa possibilidade. Não duvidem. O PRS tem lutado para ser um partido político no verdadeiro sentido da palavra nos seus 23 anos de existência, coisa que o PAIGC em 49 anos não conseguiu. Hoje no PRS fala-se numa única voz e não como o PAIGC que parece ser um manto de retalhos com as suas chamadas sensibilidades. Essas sensibilidades que impedem o partido de ter tranquilidade, mas forçosamente, os dirigentes do PAIGC tentam imputar responsabilidades aos outros. No PRS, mesmo se o presidente Alberto Nambeia e o Secretário-geral, Florentino Mendes Pereira quiserem integrar que o partido integre o Governo, se a maioria dos militantes nos órgãos acharem não, então a resposta será mesmo não. Portanto estar a imputar responsabilidades de intransigência do PRS a uma ou duas pessoas, é prova de falta de bom senso no PAIGC. Aqui no partido as decisões são votadas e ganha sempre a maioria. Avancem com o vosso Governo! Resolvam os problemas entre Domingos, Mário Vaz, Braima Camará e Baciro Djá e deixem o PRS em paz.
Quem quiser que não leve a sério as nossas denúncias, as poucas garantias que podemos dar é que o Dr. Florentino Mendes Pereira vai manter a sua rotina; deixará mesmo de ter um agente de segurança e ficará a vosso mercê.
Depois, ajustaremos as contas.
Mata na tchiu na é terra.
Di bó amigus di comunicação di PRS
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