O antigo Presidente da República, José Mário Vaz (JOMAV), defendeu que o Presidente da República é a única figura com competências para subir ou baixar temperaturas políticas no país.
“Pedi ao Presidente da República que dê a sua contribuição para a estabilização do país e dê orientações para que as pessoas que ontem, por várias razões, foram detidas sejam libertadas. Estou feliz porque houve uma resposta positiva do chefe de Estado para a libertação dessas pessoas”, disse, acrescentando que a Guiné-Bissau precisa de estabilidade e da paz, afirmando neste particular, que está preocupado com os acontecimentos que se registaram depois do regresso ao país do Coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Braima Camará.
José Mário Vaz, que também é presidente de honra do MADEM, fez estas observações na sua comunicação na abertura da reunião do Conselho Nacional daquela formação política reunida na tarde deste domingo, 04 de fevereiro de 2024, para analisar a solicitação do mandato do coordenador nacional para negociar e assinar acordos com coligações e alianças com partidos políticos.
“Tomei algumas iniciativas para poder informar-me do que realmente se passou. Solicitei uma audiência com o Presidente da República. Depois da audiência com UmaroSissoco Embaló, fui à casa do coordenador nacional e hoje de manhã por volta do meio dia, recebi na minha residência Nuno Gomes Nabian e o presidente interino do Partido da Renovação Social”, informou.
JOMAV desafiou as autoridades nacionais e os dirigentes dos partidos políticos a preocuparem-se com o país e como povo guineense, porque “ se não nos cuidarmos da Guiné-Bissau e do seu povo, ninguém o fará por nós”.
“Temos filhos desta terra capazes de desenvolvê-la. Não estou aqui para defender o Presidente, o Coordenador, o antigo primeiro-ministro, nem o presidente do PRS. Apenas temos medo de Deus e do povo, de mais ninguém”, afirmou e disse que uma das missões dos partidos políticos é desenvolver, defender o país e o povo guineense.
O ex-chefe de Estado convidou os partidos políticos a apostarem no diálogo, a banirem todas as formas de violência, tendo alertado que atitudes de puxa puxa podem forçar alguém a tomar posições extremas ou induzi-lo em erros.
“Quero aproveitar essa oportunidade para apelar aos utilizadores das redes sociais e os profissionais da Comunicação Social a trabalharem na construção de uma imagem positiva do país e deixarem de atacarem-se uns aos outros de forma desumana. Essa atitude pode acabar com a sã convivência entre os guineense”, assinalou.
Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb
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