sexta-feira, 4 de agosto de 2023

UNTG DIZ QUE HÁ “GRITANTE INJUSTIÇA” NA DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA DO PAÍS

O Secretário Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Laureano Pereira da Costa, afirmou esta quinta-feira, 03 de agosto de 2023, que há no país uma “gritante injustiça” em termos da distribuição da riqueza, devido à precarização dos vínculos laborais.

O desrespeito dos profissionais de carreira e seus estatutos, o incumprimento de acordos com centrais sindicais, nomeadamente nos setores de saúde, da educação e marítimo, figuram entre outros fatores apontados por Laureano Pereira da Costa .

Laureano Pereira falava por ocasião do dia dos mártires de Pinjiquiti, 03 de agosto de 2023, defendendo que o Estado deve assumir, em toda a sua plenitude, a promoção dos direitos sociais, económicos e culturais, como o direito à segurança social, à saúde, à educação, à justiça, à habitação, ao ambiente e à qualidade de vida.

O dirigente sindical destacou a subordinação do poder económico ao poder político, incumbindo o Estado a responsabilidade política de desenvolvimento que assegure o pleno emprego, a melhoria do bem-estar social, como elementos centrais de uma política de coesão para a Guiné-Bissau.

“Passado 64 anos do massacre de Pinjiquiti, o controlo do tempo de trabalho, a estabilidade e a segurança no emprego, o aumento geral dos salários e a valorização das profissões continuam a ser os eixos estruturantes de uma política de movimentos sindicais em prol de progresso e justiça social. A persistência da classe trabalhadora se alimenta dos objetivos programáticos que sempre nortearam e se fundem na defesa e realização constantes da democracia nas suas múltiplas dimensões”, sublinhou.

Laureano Pereira defendeu que é importante e imperativo a valorização do salário mínimo, que passa pelo aumento geral de, no mínimo, de até 130 mil francos CFA´s para todos os trabalhadores do setor público e privado, porque“não é apenas uma exigência legítima para aqueles que produzem a riqueza”.

Frisou que na Guiné-Bissau uma das consequências mais marcantes da política dos sucessivos governos, quer pela perda de alavancas fundamentais ao desenvolvimento do país, prende-se com a privatização e desmantelamento de empresas dos setores estratégicos e de capacidade.

Por seu lado, o ministro da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social, Cirilo Mama SaliuDjaló, disse que, apesar dos constrangimentos verificados com a pandemia do COVID-19 e a Guerra Rússia/Ucrânia que fustigaram a população e fragilizaram a economia, o país conseguiu honrar os seus compromissos, pagando atempadamente os salários aos servidores públicos.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
Conosaba/odemocratagb

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