A Organização Mundial de Saúde (OMS) e os Centros de Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos afirmaram na sexta-feira que estão a monitorizar activamente uma nova variante da Covid-19, a BA.2.86. AP - Anja Niedringhaus
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e os Centros de Controlo e Prevenção Doenças (CDC) dos Estados Unidos afirmaram na sexta-feira que estão a monitorizar activamente uma nova variante da COVID-19, a BA.2.86. Embora o potencial impacto permaneça desconhecido, as autoridades de saúde norte-americanas e da OMS manifestam a sua preocupação e recomendam a população a vacinar-se.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que está a seguir de perto uma nova variante da COVID-19. Esta variante foi designada “BA.2.86” e classificada "na categoria de variantes sob vigilância devido ao número muito grande (mais de 30) de mutações do gene Spike que carrega", afirmou a organização no seu boletim epidemiológico.
Neste mesmo documento, a OMS explica que actualmente, “apenas quatro sequências conhecidas dessa variante foram relatadas”, sem vínculo epidemiológico associado conhecido. O potencial impacto das mutações da estirpe BA.2.86 “permanece desconhecido” e está a ser cuidadosamente avaliado, segundo afirma a organização de saúde.
O CDC (Centros de Controlo e Prevenção de Doenças), a principal agência de saúde dos Estados Unidos, também afirmou estar a monitorar e “recolher mais informações” sobre esta estirpe, e que informará o público à medida que forem descobertas, avançando que as suas primeiras amostras documentadas datam de 24 de Julho. De acordo com as autoridades de saúde norte-americanas “esta variante designada BA.2.86 foi detectada apenas nos Estados Unidos, na Dinamarca e em Israel”.
De acordo com as informações recolhidas até ao momento, a BA.2.86 é uma subvariante da variante Omicron do SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19. Foi identificada pela primeira vez na Dinamarca em Junho de 2022. Esta estirpe possui uma série de mutações que não são encontradas noutras subvariantes Omicron, incluindo mutações na proteína spike que podem torná-la mais transmissível e mais capaz de escapar ao sistema imunitário.
No entanto, como afirma a Organização Mundial de Saúde, são necessárias mais investigações para compreender todas as implicações destas mutações pois até ao momento é impossível determinar concretamente todas as características desta estirpe.
O relatório informa que no último período de referência, entre 17 de Julho e 13 de Agosto, foram detectados mais de 1,4 milhões de novos casos de COVID-19 e registadas mais de 2 300 mortes, segundo um comunicado da OMS. Globalmente, desde o início da pandemia até à mesma data, foram registados mais de 769 milhões de casos confirmados de Covid-19 e mais de 6,9 milhões de mortes em todo o mundo.
O organismo internacional renova os apelos às autoridades internacionais para que continuem os esforços para monitorizar a evolução do vírus. A maioria dos países que se dotaram de sistemas de vigilância do vírus acabaram por suspender as investigações por desconsiderarem a periculosidade da pandemia, medida esta que a OMS denunciou, apelando ao reforço da vigilância
Texto por: RFI
Conosaba/rfi.fr/pt
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