Após vários dias de protestos, o Presidente malgaxe, Andry Rajoelina, nomeou o general Ruphin Zafisambo como primeiro-ministro, no entanto, os manifestantes dizem não estar contentes e pedem a demissão do Presidente.
O Presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, tentou acalmar os ânimos no país e nomeou um novo primeiro-ministro, o general Ruphin Zafisambo, para liderar o Governo. Este militar era chefe do gabinete militar do seu antecessor e segundo Rajoelina será capaz de "restabelecer a ordem e a confiança da população".
No entanto, os manifestantes voltaram a sair à rua mesmo após esta nomeação, pedindo a demissão do próprio Presidente. Muitos jovens, que pela terceira semana consecutiva continuam a protestar contra a classe política nesta ilha do oceano Índico, disseram estar desiludidos com esta escolha e apontam o abuso de poder e corrupção como principais motivações para continuar as manifestações.
Para tentar atenuar a situação que resultou em motins, confrontos com a polícia e pilhages na ilha, o Presidente resolveu demitir o Governo no final de Outubro, mas essa decisão também não travou os protestos. No sábado, duas manifestações ocorreram simultaneamente na capital do país, em Antananarivo. Os confrontos entre apoiantes do Presidente e a juventude constestária terminaram em conflitos e a as marchas foram dispersas pela polícia com gás lacrimogéneo.
Na noite de quarta-feira, os jovens vão reunir-se com o Presidente de forma a apresentarem todos os seus argumentos. Esta reunião terá lugar no Palácio Presidencial e não haverá perguntas tabu. Caso esta reunião não leve a mudanças, os jovens ameaçam levar a cabo uma "greve geral nacional".
A prioridade do novo primeiro-ministro será agora restabelecer o abastecimento de água e electricidade no país. Apesar de ser um país rico em recursos naturais, Madagáscar é um dos países mais pobres do Mundo e cerca de três quartos da população - cerca de 32 milhões de pessoas - vivem abaixo do limiar da pobreza.
Por: RFI
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