terça-feira, 12 de dezembro de 2023

João Bernardo Vieira Apela ao Domingos Simões Pereira para renunciar ao cargo para o bem do PAIGC - 12/12/2023.


O antigo candidato à liderança do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), João Bernardo Vieira, no último congresso ordinário, pede o líder dos libertadores e igualmente presidente da Assembleia Nacional Popular (parlamento), Domingos Simões Pereira a colocar o seu lugar à disposição para o bem do partido.

“Ninguém é insubstituível no PAIGC, Cabral foi-se mas outros dirigentes continuam. Ninguém pode tirar os méritos do nosso presidente do partido, Engenheiro Domingos Simões Pereira, mas durante 10 anos tentou consolidar o poder, mas não conseguiu. Cada vez que ganhamos o poder, somos nas sucessivas derrotas pós eleitorais porque ganhamos as eleições”, sustenta João Bernardo Vieira, hoje, durante uma conferência de imprensa, realizada no seu escritório de advocacia, uma semana depois do Presidente da República ter dissolveu o parlamento com a alegação de grave crise política.

Na compreensão de Bernardo Vieira os superiores do partido devem pedir ao presidente do PAIGC para colocar o seu lugar à disposição e deixar o PAIGC “respirar”.

“Não é possível, se dissermos que a política é um compromisso, não é possível uma pessoa ser o presidente do PAIGC, ser o presidente da coligação PAI-Terra Ranka, ser o presidente do parlamento, ser um primeiro-ministro de sombra, porque sabemos que antes da queda do governo não é Geraldo João Martins quem governa e é um candidato às eleições presidenciais”, crítica.

João Bernardo Vieira acredita que as sucessivas crises que o partido tem enfrentado nos últimos 10 anos, têm a ver com o próprio líder do partido, Domingos Simões Pereira.

“As pessoas dizem que Domingos Simões Pereira foi injustiçado e aceitamos podemos isso, se disserem que ele deve ser solidário também aceitamos e que Domingos Simões Pereira é um dos melhores quadros na Guiné-Bissau também aceitamos, mas que fique de lado e deixe que o PAIGC continua”, sustenta.

No sentido político e dirigente do PAIGC, não faz sentido o partido controlar o acordo da incidência parlamentar, porque o povo confiou o mandato de governar o país.

Em relação à recondução de Geraldo Martins ao cargo de Chefe do Governo, após a dissolução do parlamento, João Bernardo Vieira saudou a decisão que momentânea e republicana de voltar a assumir a liderança do governo.

Por: Braima Siga/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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