sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Militares detidos no Mali/ Mediador da CEDEAO pede “graça presidencial” para os detidos


Bissau, 06 Jan 23 (ANG) - O presidente togolês Faure Gnassingbé apelou à graça presidencial no caso dos 46 soldados costa-marfinenses detidos, desde Julho, no Mali, e condenados a 20 anos de prisão, a semana passada, por atentado e conspiração contra o executivo de transição presidido pelo coronel Assimi Goïta.

O apelo foi feito no âmbito de uma visita de poucas horas feita qarta-feira por Faure Gnassingbé ao Mali.

Bamaco acusa os militares detidos de serem “mercenários”. Foram condenados, a 30 de Dezembro de 2022, a 20 anos de prisão efectiva. Sentença que foi lida antes de expirar o prazo fixado (1 de Janeiro de 2023) pelos chefes de Estado da África Ocidental à junta militar para os libertar.

Num julgamento de dois dias, foram condenados por "ataque e conspiração contra o Governo", "atentado à segurança externa do Estado", "posse, porte e transporte de armas e munições de guerra (...) com o objectivo de perturbar a ordem pública com recurso à intimidação e terror."

Entretanto, o actual presidente em exercício dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, garantiu que não serão aplicadas sanções imediatas contra o Mali, apesar do seu ultimato, para deixar a mediação togolesa trabalhar em prol da libertação dos 46 soldados costa-marfinenses: “Acabamos por acordar algum tempo suplementar para permitir à mediação togolesa de fazer o seu trabalho, de forma a resolver o problema. Trata-se de uma questão de bom senso.”

Conosaba/ANG/RFI

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