O único centro especializado para o tratamento da tuberculose na Guiné-Bissau, Raoul Follereau, está sem dinheiro e em consequência, não pode garantir o mínimo aos doentes internados, que podem ficar sem as refeições diárias, antes garantidas pela instituição hospitalar.
Em causa estão cerca de 100 doentes, incluindo algumas crianças, entre dois e sete anos de idade, soube o Capital News, através da fonte do Hospital.
De acordo com a mesma fonte, a direção de Raoul Follereau, através de um dos seus diretores de serviço, reuniu-se com os doentes, informando-lhes da situação, e, ao mesmo tempo, autorizar-lhes a mandar os familiares levar comida para eles, a partir desta segunda-feira (03.05).
O Capital News tentou, sem sucesso, contactar a direção do Hospital, para confirmar as informações, mas alguns doentes, que pediram anonimato, confirmaram a situação ao Jornal.
A situação piorou-se no Hospital Raoul Follereau, desde que a ONG italiana Ajuda à Saúde e Desenvolvimento (AHEAD) “tirou as mãos” na gestão do centro. A organização ocupava-se da parte administrativa do centro, das garantias das refeições diárias aos doentes e dos medicamentos.
O CNEWS sabe que AHEAD está a ter dificuldades financeiras para continuar a apoiar de forma “tradicional” o Raoul Follereau, desde que a pandemia da Covid-19 atingiu a Itália e com reflexo nos bolsos dos seus principais financiadores.
Ainda assim, de acordo com a fonte do Capital News, a ONG mostrou-se disponível para continuar a apoiar, mas condicionou o apoio com algumas mudanças que devem ser feitas no Raoul Follereau, por parte do governo guineense. O executivo ainda não deu ouvidos à essa “exigência”, disse a confidente do Jornal.
Por CNEWS com Conosaba do Porto
Sem comentários:
Enviar um comentário