quarta-feira, 10 de setembro de 2014

«TCHUNA BABY» HÁ GUINEENSES A PEDIR LEIS CONTRA DECOTES E MINI-SAIAS, MAS GOVERNO ESTÁ CONTRA


Líder religioso de Bafatá interpelou ministro para exigir medidas que impeçam roupas "curtas e adelgaçadas" às jovens. Polícia instruída para não hostilizar raparigas.

A roupa curta usada por raparigas da Guiné-Bissau está a deixar inquietos alguns habitantes que querem que a lei imponha limites aos decotes, mas a hipótese foi afastada pelo ministro da Administração Interna da Guiné-Bissau - Botche Candé. 

"A população tem que ter liberdade na sua terra. Pode-se dizer que é uma má prática? Depende da visão de cada um, mas não podemos proibir a nossa juventude de se exprimir", referiu o governante. Botche Candé falava em crioulo, na terça-feira, numa visita a Bafatá, no Leste do país, depois de ter sido interpelado sobre o assunto por um líder religioso. Culabio Bá, chefe muçulmano, pediu medidas contra as raparigas que usam roupas curtas e adelgaçadas. "De facto ouvimos esses apelos, mas podemos dizer que o Governo não se pronunciou sobre a matéria", referiu Botche Candé. 

O ministro da Administração Interna pediu igualmente às forças de segurança que se inibam de abordar qualquer rapariga só por causa do que veste, ao comentar rumores sobre supostas agressões. "Constou-me que alguns agentes da polícia já estão a bater nas raparigas, nas ruas, alegadamente dizendo que o ministro da Administração Interna deu essa ordem. Eu não dei ordem nenhuma nesse sentido". Não foram prestados mais detalhes sobre os eventuais incidentes, acerca dos quais Botche Candé realçou: "a polícia não está mandatada" para tomar qualquer ação.
rdp

4 comentários:

  1. Estás de parabéns Sr ministro. Cada uma é livre.A liberdade deve ser total.

    ResponderEliminar
  2. A educação é a base de reflexo de um cidadão

    ResponderEliminar
  3. Parabéns o Srº Ministro, a sua sabia consciência lhe guia para um caminho da liberdade e da democracia. Essa é uma boa resposta aos fundamentalistas, os radicais.
    Estamos na Guiné-Bissau e não na Arábia e nem estamos perante a lei Shária.

    ResponderEliminar
  4. Parabens o Sr Ministro estamos na Guine e vamos contnuar a viver com a nossa cultura e a nossa liberdade...

    ResponderEliminar