8 pessoas estão em quarentena no hospital de Gabu e outras 3 em Bafatá, mas por mera precaução. Regiões fazem fronteira com Guiné Conacri. Denúncias feitas até aqui não se confirmaram.
O diretor-geral da promoção e prevenção da Saúde Pública da Guiné-Bissau confirma a existência de pessoas em quarentena, mas nega a existência de qualquer caso suspeito do vírus de Ébola no país.
Nicolau Almeida salienta que "toda a equipa sanitária" do país está em estado de alerta máximo, sobretudo nas regiões do interior, onde a população tem feito denúncias de pessoas provenientes da Guiné-Conacri.
Mesmo com o fecho oficial das fronteiras entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri para evitar o alastramento da doença no território guineense, há relatos diários de pessoas de entrada clandestina de pessoas. "A população tem feito denúncias, mas até aqui são alertas falsas. Não há um único caso de suspeita de vírus do Ébola no nosso país", indicou o diretor-geral da promoção e prevenção da Saúde Pública guineense, em declarações à Agência Lusa.
De acordo com Nicolau Almeida, oito pessoas estão em quarentena no hospital de Gabu e três em Bafatá, ambas regiões a leste de Bissau mas que fazem fronteira com a Guiné-Conacri, país onde a doença já causou várias vítimas mortais. Uma grávida proveniente da Guiné-Conacri "mas não de uma região afetada" foi internada na terça-feira no hospital Simão Mendes de Bissau. Por estar com febre alta e com sangramento, chegou-se a suspeitar que poderia estar com sinais de infeção com o vírus Ébola, mas após as análises confirmou-se que padecia de paludismo e ameaça de aborto, acrescentou Almeida. A mulher continua em observação no Simão Mendes, disse o responsável, sublinhando a prontidão da equipa de resposta rápida constituída por Médicos Sem Fronteiras e técnicos guineenses treinados.
O diretor-geral da promoção e prevenção da Saúde Pública guineense afirmou que os dispositivos previstos para a resposta rápida estão montados embora ainda estejam em preparação as salas isolamento de possíveis doentes no Simão Mendes. Nicolau Almeida explicou que as salas ainda não estão prontas porque requerem "um tratamento especial", mas negou que os números de telefones disponibilizados pelo Governo, para denúncia de casos suspeito, não estejam operacionais. A população tem-se queixado que os números 19-19 e 20-20 não funcionam. "Estão a funcionar. De cada vez que ligo para aqueles números há sempre alguém a atender", indicou Nicolau Almeida, para quem "é preciso evitar situações que possam trazer pânico" no país. Sobre o desrespeito de medidas anunciadas pelo Governo para prevenir a doença, nomeadamente a proibição de cerimónias tracionais que possam aglomerar pessoas ou a lavagem das mãos com água e detergente, o responsável lamenta a "falta de colaboração" nesse sentido.
Nicolau Almeida esclareceu que muitas das ações previstas pelo ministério da Saúde Pública no âmbito da prevenção do Ébola ainda não foram feitas por falta de verbas uma vez que o Governo ainda aguarda pelo desbloqueamento de fundos para o Plano de Emergência, avaliado em 600
rdp
Sem comentários:
Enviar um comentário