Todos tinham bilhetes emitidos em Istambul. A polícia
brasileira desconfiou dos passaportes romenos, o que levou as autoridades a
confirmar a identidade dos suspeitos junto do Consulado romeno
Um grupo de cidadãos sírios voltou a tentar
embarcar num avião da TAP no Brasil com destino a Lisboa, lê-se hoje no “jornal
de Negócios”. O episódio deu-se no sábado passado, voltando a repetir-se o
sucedido em Guiné-Bissau.
Onze sírios, entre eles duas crianças com menos de
dois anos, embarcaram no avião em Fortaleza, com documentos que os identificava
como romenos. Este é mais um caso a envolver cidadãos sírios que tentaram
chegar à Europa através de Portugal.
Aparentemente refugiados, os onze cidadãos acabaram
por ser detectados pela polícia brasileira e impedidos de embarcar. Com destino
a Lisboa, a capital portuguesa seria apenas um meio para chegar à cidade
francesa de Toulouse.
Divididos em duas famílias, uma de seis e outra de
cinco elementos, todos tinham bilhetes emitidos em Istambul. A polícia
brasileira desconfiou dos passaportes romenos, o que levou as autoridades a
confirmar a identidade dos suspeitos junto do Consulado romeno daquela cidade.
A guerra cívil na Síria tem levado a que muitos
habitantes daquele país procure refugiu na Europa. Há sírios que chegam a pagar
cinco mil euros à máfia por um passaporte falso.
No dia 10 deste Dezembro 74 sírios, entre adultos e
crianças, embarcaram à força no aeroporto de Bissau, depois de pressões à tripulação
da TAP, por parte do ministro guineense do Interior, para Portugal sob alegação
de constituírem perigo para a segurança interna da Guiné-Bissau. Para o
presidente de transição, o incidente complicou as relações com Portugal,
afectou a imagem externa da Guiné-Bissau e ainda "lesa a dignidade dos
guineenses".
Por essa razão, a companhia aérea portuguesa deixou
de efectuar voos para aquele país. A tomada de posição do Ministério dos
Negócios Estrangeiros, Rui Machete, foi criticada pelo ministro da Presidência
da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, que em entrevista ao semanário
"Expresso" atacou a posição do governante português: "É uma
expressão infeliz. Tal como foram infelizes as declarações de Machete,
recentemente, em relação a Angola", criticou o porta-voz do governo de
transição, que diz igualmente não perceber a razão de ser do ultimato feito por
Portugal, que pede garantias a Bissau de que casos semelhantes não voltem a
acontecer naquele aeroporto.
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