A Guiné-Bissau assinala, este domingo (03.08), o Dia dos "Mártires de Pindjiguiti", 66 anos do massacre de trabalhadores portuários pela polícia colonial portuguesa.
No atual contexto da Guiné-Bissau, poucos trabalhadores guineenses querem permanecer no país.
Mais de seis décadas depois do acontecimento, os trabalhadores guineenses continuam a queixar-se do Estado. Salário "precário" e falta de condições laborais, são entre outros pontos que têm constado no caderno reivindicativo dos sindicatos.
Numa entrevista recente à Rádio Capital FM, o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, afirmou que, a situação dos servidores públicos guineenses "é hoje pior do que na época colonial" e insiste que se deve adotar o salário mínimo nacional.
Regista-se, atualmente, uma onda de fuga dos trabalhadores guineenses para o exterior, concretamente para Europa, buscando as melhores condições de vida. Vários departamentos governamentais viram partir os seus quadros, mas os que mais saíram do país são técnicos de saúde e professores.
À medida que se agrava a instabilidade política e o atraso na resolução dos problemas dos funcionários, há mais fuga dos servidores para o estrangeiro.
Há décadas que 03 de agosto, Dia dos Trabalhadores Guineense, tem servido para os partidos e governos da Guiné-Bissau lançarm lotes de promessas que nunca são cumpridos, enquanto por outro lado os sindicatos continuam a carregar no botão da greve, que têm tidorepercussões nos hospitais e centros de saúde do país.
Por CFM

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