A Associação de Quadros Leigos Católicos da Guiné-Bissau (AQUALEICA) manifestou, esta sexta-feira, a sua preocupação com o aumento dos casos de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo no país, comprometendo-se a manter uma postura vigilante perante estas práticas.
A declaração foi feita à RSM, em Bissau, à margem da assinatura de um acordo de parceria com o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), o Fórum Nacional de Juventude e População e a Rádio Capital FM, no âmbito de ações conjuntas para o combate a este tipo de crimes.
A presidente da AQUALEICA, Macária Barrai, apelou à população guineense para que colabore com as autoridades e organizações da sociedade civil, denunciando casos suspeitos desta natureza.
“Se olharmos bem, há pessoas com salário de 100 mil francos CFA, mas que circulam com viaturas avaliadas em milhões. É por isso que devemos ser vigilantes. Quando identificamos estes sinais, devemos denunciar ao Ministério Público ou contactar a Polícia Judiciária”, alertou Macária Barrai presidente da AQUALEICA
Por sua vez, o secretário executivo do Fórum Nacional de Juventude, Baiete Badjana, defendeu que, para evitar que futuros dirigentes se envolvam em branqueamento de capitais, é necessário “transformar a mentalidade da juventude”.
“Para revolucionar este país é preciso trabalhar a mente dos jovens. Se queremos ter dirigentes no futuro que não se envolvam no branqueamento de capitais ou no financiamento do terrorismo, é necessário investir na transformação da mentalidade da nossa juventude”, concluiu Baiete Badjana,
O diretor executivo da Rádio Capital FM, Tiago Seide, assegurou que a estação continuará a sensibilizar a população sobre o fenómeno, reforçando a importância da informação e da prevenção.
“Por exemplo, nos concertos e nos campos de férias, há casos em que os branqueadores procuram investir o seu dinheiro sujo para convertê-lo em dinheiro limpo”, explicou.
Já o presidente do CNJ, Vladimir Cuba, sublinhou que o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo requer uma “forte colaboração entre as instituições”.
A AQUALEICA apelou ainda ao Estado da Guiné-Bissau para assumir um compromisso sério na cooperação com as organizações da sociedade civil, de forma a combater eficazmente este tipo de crimes e os seus sinais no país.
Por: Turé da Silva
radiosolmansi

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