sexta-feira, 11 de agosto de 2023

COLETIVO DE CEM CIDADÃOS GUINEENSES PEDE LIBERTAÇÃO INCONDICIONAL DE OUSMANE SONKO


Um Coletivo de Cem Cidadãos Guineenses exigiu esta sexta-feira, 11 de agosto de 2023, a liberação “imediata e incondicional” do líder da oposição, Ousmane SONKO, e de todos os prisioneiros políticos “ detidos arbitrariamente” na República do Senegal, como também a “revogação urgente” do decreto do Ministro do Interior que determinou a extinção do PASTEF, partido liderado por Ousmane SONKO e a consequente “apropriação ilícita” dos seus bens.

A posição do coletivo foi tomada pública pelo seu Coordenador, Armando Lona, depois de ter entregue uma carta aberta dirigida ao Presidente da República do Senegal, Macky Sall, na Embaixada desse país na Guiné-Bissau.

O coletivo pediu às autoridades senegalesas que abandonem todos os procedimentos judiciais contra os jornalistas independentes, tais como Papel Alé Niang e demais profissionais de comunicação Social “arbitrariamente detidos” e a cessação imediata da “instrumentalização da justiça para fins políticos”.

Os Cem Cidadãos Guineenses de diferentes esferas da sociedade, ativistas dos direitos humanos, investigadores, jornalistas, advogados e universitários, exigiram na mesma carta o cumprimento rigoroso dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado senegalês no domínio dos direitos humanos, incluindo o exercício da oposição democrática, abandono de todos os processos judiciais instaurados com o único propósito de perseguir os adversários políticos e vozes discordantes e a abertura de um inquérito judicial transparente e conclusivo, tendente à responsabilização criminal dos autores morais e materiais dos assassinatos de jovens manifestantes.

O Coletivo pediu também a “cessação imediata” de todos os atos de repressão policial contra os manifestantes e consequente restauração do livre exercício das liberdades de manifestação, reunião, circulação e de expressão, restauração imediata da Internet e das redes sociais, permitindo aos cidadãos exercerem livremente as suas liberdades, o respeito escrupuloso dos ditames da Constituição do Senegal e dos direitos civis e políticos consagrados, de forma a assegurar uma participação política igualitária de todos no processo eleitoral, enquanto pressuposto indispensável para assegurar a paz no Senegal e a adoção de medidas políticas e legislativas urgentes, com vista a realização de eleições presidenciais inclusivas, justas e transparentes, com a participação de todos os candidatos declarados, incluindo Ousmane Sonko.

A carta aberta do Coletivo de Cem Cidadãos Guineenses espelha ainda que a República irmã do Senegal sob liderança do Macky Sall tem vivido momentos sombrios, dominados por episódios de violência sem precedentes na sua história, enquanto Estado reputado por uma tradição democrática distinta.

“O país modelo de convivência pacífica, passou a vestir o capote de um país divorciado com o respeito pelos direitos humanos e à liberdade de expressão”, pode ler-se na carta aberta entregue à embaixada do Senegal em Bissau para o Presidente Macky Sall.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb

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