Sori Djaló fez essa acusação em reação às declarações do porta-voz do PRS, Vitor Pereira, e de Orlando Mendes Viegas, um dos vice-presidentes, que teriam respondido em nome do presidente do PRS quando os antigos dirigentes do partido, Dutche José de Pina, Mário Pires e Sori Djaló pediram esclarecimento ao Nambeia sobre a suposta reunião de Patche Ialá.
Djaló acusou Orlando Mendes Viegas e Alberto Mbunhe Nambeia de corrupção e promete reunir toda a documentação dos supostos crimes que tanto Viegas quanto Nambeia e outros dirigentes do PRS terão cometido, para divulgá-los à imprensa e apresentá-los ao Ministério Público (MP). Contudo, Djaló não avançou nenhuma data em que esses documentos serão divulgados ao público e apresentados ao MP.
“Orlando Viegas tem carros parados na Polícia Judiciária. Nas eleições legislativas de 2019 bajulou e mendigou para que fosse colocado na lista de deputados do PRS para que gozasse de proteção, a imunidade. Como é possível ter essa atitude ou audácia de nomear essa mesma pessoa com processo no Ministério Público, ministro do Estado?”, questiona Djaló.
“Estão a criticar o posicionamento dos sindicatos sem fundamento. Os sindicatos estão a fazê-lo com toda a razão, porque é um sinal de revolta contra a corrupção e de todo o mal que acontece na administração da Guiné-Bissau. Nomeia-se uma pessoa hoje, e apenas em três ou seis meses já tem um mansão”, afirma.
Para o também então presidente interino da Assembleia Nacional Popular (ANP), o fracasso do PRS nas eleições legislativas de 2019 deveu-se à falta de liderança.
“Os 41 deputados não eram do PRS, mas sim de Kumba Ialá. Depois da morte de Kumba, o PRS e o Alberto Nambeia só conseguiram 21 assentos, e se continuar talvez venha a ter apenas 6 deputados”, ironizou Sori Djaló.
Segundo esse dirigente político, o atual líder do PRS está a trabalhar apenas para minar o futuro da juventude dos renovadores, razão pela qual apelou aos jovens do partido a ficarem atentos com o comportamento de Nambeia.
Pediu ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a usar a sua magistratura de influência para construir uma prisão de alta segurança numa das ilhas do Arquipélago de Bijagós para deter os “gatunos”.
Sori Djaló negou, em resposta à declaração de Alberto Nambeia, estarem a trabalhar para o Presidente Sissoco Embaló e acusou o presidente do PRS de ter transformado o partido em “Ninho de gatunos”.
“Umaro Sissoco Embaló não é um presidente de fulas, sim, de todos os guineenses tanto dentro quanto fora”, sublinha e disse serem, eles, donos do Partido da Renovação Social e pondera retirá-lo em breve de Alberto Mbunhe Nambeia.
Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb.
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