sexta-feira, 14 de maio de 2021

Sindicato exorta PR da Guiné-Bissau a dialogar com central sindical para acabar com greves


Foto/arquivo

Bissau, 14 mai 2021 (Lusa) - Um porta-voz dos sindicatos dos professores da Guiné-Bissau, Sene Djassi, exortou hoje o Presidente Umaro Sissoco Embalo no sentido de dialogar com a central sindical UNTG, como "única forma de se acabar com as greves" na Função Pública.

O chefe de Estado guineense reuniu-se hoje com diferentes sindicatos dos professores, com o Governo e com associações de estudantes, com vista a encontrar uma solução que ponha fim à greve dos docentes que decorre desde janeiro.

À saída do encontro, que decorreu no palácio do Governo em Bissau, Umaro Sissoco Embaló não prestou declarações, enquanto os outros participantes na reunião se mostraram satisfeitos com os resultados alcançados.

Adulai Djaura, porta-voz das associações estudantis, e Tumane Baldé, novo ministro da Função Pública, afirmaram que estão convencidos em como na segunda-feira "haverá uma solução" para a greve no setor da educação, sobre o qual paira a ameaça de o ano letivo ser anulado.

"Há que haver cedências de parte a parte", observou Djaura.

O ministro da Função Pública assinalou que o Presidente da República pediu às partes que se voltem a encontrar na segunda-feira, "já com propostas concretas de solução" para a greve dos professores.

Em representação do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof) e do Sindicato Democrático dos Professores (Sindeprof), Sene Djassi disse que qualquer solução que ponha de lado a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG, central sindical) não terá êxito.

Sene Djassi afirmou que Umaro Sissoco Embaló devia convidar a UNTG para o encontro de segunda-feira.

"Não se pode convidar outras organizações sem a dona da greve, a UNTG. Qualquer compromisso que se queira atingir aqui sem a UNTG é perca de tempo. Todos os sindicatos que estão em greve neste momento são filiados na UNTG", notou Djassi.

Desde dezembro que a UNTG tem convocado greves gerais na Função Pública para exigir do Governo a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa (76 euros) para o dobro.

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