Marcelo Rebelo de Sousa, ao lado do Presidente da República da Guiné-Bissau, defendeu que muito une os respetivos países, e afirmou que vão "trabalhar ainda mais unidos", nomeadamente, na saúde e na educação.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, realçou esta terça-feira em Bissau, perante o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, que os políticos são protagonistas transitórios e incluiu nos objetivos de cooperação "aperfeiçoar o Estado de direito democrático".
"Os políticos são muito importantes, mas o povo é muito mais importante. Só há políticos porque o povo quer, verdadeiramente, e enquanto quiser. E nós temos de ter noção da nossa finitude", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção no Palácio da Presidência, em Bissau, onde se encontra em visita oficial.
Tendo ao seu lado o Presidente da República da Guiné-Bissau, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que muito une os respetivos países, e afirmou: "Vamos trabalhar ainda mais unidos. Vamos trabalhar ainda mais na saúde, que tanto nos preocupa ainda na pandemia, vamos trabalhar ainda mais na educação, com a criação de uma Escola Portuguesa aqui em Bissau".
"Vamos trabalhar ainda mais na formação, na reforma administrativa, no aperfeiçoamento do Estado de direito democrático, naquilo que é tão importante no quadro da nossa vivência e deve ser cada vez mais no futuro", acrescentou, referindo depois as infraestruturas, as águas, energias renováveis, o turismo e o mar como domínios de cooperação bilateral.
Antes destas declarações dos dois presidentes à comunicação social, sem direito a perguntas por parte dos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló condecoro a Marcelo Rebelo de Sousa com a medalha Amílcar Cabral, a mais alta condecoração nacional.
Em seguida, na sua intervenção, ao agradecer esta distinção, o chefe de Estado português salientou, uma vez mais, o caráter transitório das funções políticas: "Eu sinto dever agradecer ao povo guineense aquilo que é a condecoração das condecorações, que é uma lealdade, uma fraternidade, que, aliás, é correspondida por Portugal, e que perdura para além de nós".
"Nós, presidentes, primeiros-ministros, parlamentares, líderes partidários, responsáveis políticos ou militares somos protagonistas temporários de uma história que nos ultrapassa. E temos de estar à altura dessa história feita cada vez mais de futuro, porque é isso que verdadeiramente conta: nós passamos, os povos ficam, aquilo que existe entre eles fica", reforçou.
Esta é a primeira vez que Marcelo Rebelo de Sousa está na Guiné-Bissau como Presidente da República, 31 anos e meio depois de Mário Soares, que realizou a última visita oficial de um chefe de Estado português a este país, em 1989.
A sua visita oficial começou na segunda-feira à noite e termina hoje ao fim do dia.
Em outubro de 2020, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu no Palácio de Belém, em Lisboa, em Lisboa o seu homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também em visita oficial.
Conosaba/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário