A presidente do Conselho da Cooperativa de Formação e Animação Cultural (COFAC) e representante do Grupo Lusófona na cerimónia solene de entrega de diplomas a décima geração dos finalistas diz que a Universidade Lusófona da Guiné devia ministrar cursos de mestrado no presente ano letivo (2020/2021), mas devido às dificuldades de vária ordem não foi possível.
Teresa de Rosário Damásio fez esta revelação em entrevista que concedeu ao Nô Pintcha, na qual abordou, entre outros assuntos, o alargamento de pólos e a formação contínua em várias áreas da Administração Pública, o exemplo de combate à pandemia da covid-19. A seguir o conteúdo da entrevista.
Quais são os desafios, neste momento, da Universidade Lusófona da Guiné (ULG)?
Naturalmente, nós temos neste momento muitos desafios, muitas questões que precisam de ser apreciadas, nomeadamente no que diz respeito às novas áreas científicas, atendendo a toda mudança que assistimos na planeta terra, que provem da pandemia da Covid-19, que nos vai trazer novos desafios. Enquanto instituição do Ensino Superior, novos cursos precisam de ser ministrados para proporcionar novos conhecimentos aos nossos estudantes.
Quero também aproveitar a ocasião para parabenizar as autoridades do país pelo combate à pandemia, por todo o conjunto de medidas que foram tomadas para que não houvesse um alastramento do contágio. Como sabemos, essa doença já matou milhares em todo planeta terra, e nós, enquanto instituição do ensino, temos a preocupação muito grande em participar na promoção de saúde e do bem-estar do povo.
Qual é a visão futura da instituição que dirige em relação à ULG?
A relevância que tem a cerimónia do dia 29 de Abril é, naturalmente, da importância capital, que culminou com a entrega de diplomas a décima geração diplomados dessa universidade. Nós já formamos mais de três mil pessoas no país, contudo, consideramos que o nosso trabalho está longe de ser concluído.
Como avalia o acordo de parceria luso-guineense no domínio de ensino superior?
Nós temos um grande orgulho de ter sido fundador da Universidade Amílcar Cabral, e temos estabelecido uma parceria público-privada, porque em todos os países tem obrigatoriamente de existir uma Universidade pública. Portanto, nós chegamos a momento do desaparecimento projeto UA.
Consideramos que a nossa missão no âmbito da parceria público- privada estava feito, e que tínhamos a vontade de prosseguir para um projeto privado. E, nesse sentido, solicitamos as autoridades a anuência para abertura da Universidade Lusófona da Guiné.
E vemos hoje com grande alegria a Universidade Amílcar Cabral a continuar a sua função Publica.
Que reformas pensam fazer na Guiné?
Nós, na Guiné-Bissau, temos a ULG, IPT e a ILGB. Efetivamente, há muitos anos a esta parte, têm tido transmitido o ensejo de abrirmos polos das nossas instituições noutras cidades do país.
Estamos a ponderar esta situação, embora com a pandemia todos os projetos que tínhamos ficaram suspensos. Estamos agora a retomar todas essas questões, por exemplo Bafatá ou seja há um conjunto de cidades e regiões que efetivamente, tem merecido a nossa atenção, mas estamos a retomar todos os dossiers.
Como avalia a performance do ensino na Universidade Lusófona da Guiné-Bissau?
A qualidade do ensino na ULG é o que vamos conseguir com o enorme esforço. Todas as partes estão empenhadas, e a nível da nossa instituição do ensino superior, temos feito, permanentemente, reformas a nível da organização, no sentido de promover, cada vez mais, a qualidade.
Quais são as novidades para este ano letivo?
Nós tínhamos como projeto introduzir o curso de mestrado para o presente ano letivo. Mas devido às dificuldades de vária ordem não foi possível. Portanto, é um nível que pensamos inserir dentro de dois anos.
Como será feita essa expansão de ensino superior no país?
Obviamente, o acordo tem a ver com a expansão para outras cidades do país. Acordo de parceria, por exemplo, no IPT, teve a formação para inspetores de pesca.
Temos ainda uma constante formação com os ministérios da Administração Pública nas várias áreas. Colaboramos com as autoridades em vários domínios de formação e reciclagens. Consideramos que é fundamental também ministrar formação em vários domínios que são essenciais ao país.
Adelina Pereira de Barros
Conosaba/nô pintcha
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