O presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, (CCIAS), Mama samba Embaló, ameaçou esta sexta-feira, 14 de maio de 2021, boicotar as atividades económicas e empresariais de 18 a 20 do mês em curso, caso o governo não se sentar à mesa para discutir a redução de impostos e taxas fixadas no setor de cajú.
Samba Embaló falava em conferência de imprensa, na qual revelou que a organização ficou em silêncio por um ano a trabalhar “de forma legal e administrativa com o atual governo”.
O responsável da CCIAS lembrou que várias organizações do setor privado já diligenciaram junto do governo para resolver essa situação, mas até ao momento não tiveram sequer nenhuma resposta satisfatória.
“Por isso decidiu que todas as atividades sejam suspensas” reforçou.
O presidente da Associação Nacional da Importadores e Exportadores, Mamadu Yero Djamanca, denunciou que quase 60 por cento da receita gerida pelos operadores económicos, entre taxas e impostos que deveriam ser canalizados para tesouro público, é desviada para o aparelho administrativo guineense pelos ministros, secretários de Estado, diretores gerais e conselheiros, que não contribuem em nada para o país.
Djamanca adianta que o governo deve priorizar homens e mulheres que trabalham diariamente para que o Estado possa ter dinheiro e sustentar o tesouro público.
Para o presidente da Associação Nacional dos Agricultores (ANAG), Jaime Gomes Boles, o governo deve esforçar-se em negociar com os operadores económicos, tendo em conta à situação mundial de Covid-19, abdicando-se de algumas taxas e impostos , para permitir escoamento da castanha de cajú, produto estratégico da Guiné-Bissau.
De acordo com a informação que a que O Democrata teve acesso, as organizações congregadas nesse fórum já entregaram ao executivo o documento sobre a suspensão das atividades económicas prevista para os 18, 19 e 20 do mês em curso, caso não haja uma solução entre as partes.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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