A reunião do G7 em Kananaskis, no Canadá, chegou ao fim sem uma declaração sobre a Ucrânia, apesar da presença de Volodymyr Zelensky neste encontro. Segundo fonte citada pelas agências noticiosas, foram os norte-americanos que impediram mais uma demonstração de apoio a Kiev.
A reunião anual do G7 em Kananaskis, no Canadá, visava chegar a uma declaração comum entre os seus membros - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e Japão - sobre o conflito na Ucrânia, no entanto, este encontro dos países mais ricos do Mundo terminou sem uma menção específica a Kiev.
Segundo a agência noticiosa AFP, o acordo sobre a declaração foi impedido pelos Estados Unidos já que os restantes seis países tinham um compromisso para empregar uma "linguagem forte". No entanto, os norte-americanos quiseram "diluir" a força das palavras dos outros membros e acabou por não haver qualquer tomada de posição. Mais tarde, o gabinete do primeiro-ministro Mark Carney veio dizer que nunca esteve prevista qualquer declaração.
Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, esteve presente neste encontro, mas a partida extemporânea de Donald Trump na segunda-feira à noite fez com que os dois líderes se desencontrassem. O líder ucraniano disse que "a diplomacia está em crise", conseguindo, no entanto, o reforço do apoio militar canadiano em 2 mil milhões de dólares canadianos, assim como uma ajuda financeira de 2,3 mil milhões de dólares canadianos.
O abandono prematura de Donald Trump impediu ainda que os vários países discutissem a questão do aumento das taxas aduaneiras, com o Presidente norte-americano a dizer ao chegar a Washington que os europeus não tinham apresentado "um acordo justo" e disse que o bloco "vai ter de pagar" o preço que os norte-americanos decidirem.
Desta reunião saiu um entendimento entre o Canadá e a Índia, dois países de costas viradas há dois anos após o assassinato de um líder sikh em território canadiano. Modi e Carney encontraram-se e decidiram voltar a restabelecer relações diplomáticas, nomeando novamente embaixadores para as respectivas capitais.
Por: RFI
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