O empresário e agente FIFA Catio Baldé defendeu, este sábado (15), a necessidade urgente de renovação na liderança da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), apontando falhas graves na atual gestão da modalidade no país.
Em entrevista exclusiva ao canal Djurtus, Baldé lamentou a “má liderança” dos atuais dirigentes da federação e pediu mudanças profundas.
“Estes dirigentes já não merecem continuar à frente do futebol da Guiné-Bissau. Já provaram a sua incompetência ao longo de vários anos naquela instituição”, afirmou.
Catio Baldé admitiu que está preparado para entrar na luta pela mudança, embora não tenha confirmado se será candidato nas próximas eleições da FFGB.
Acusações de má-fé e uso indevido de recursos
O empresário denunciou ainda práticas irregulares relacionadas com o uso de fundos da seleção nacional:
“Todos querem estar na seleção principal para ter privilégios junto dos governantes e sobreviver do dinheiro destinado a fins não desportivos”, acusou.
Baldé revelou também que, durante a sua colaboração com a seleção nacional, chegou a assumir todas as despesas de forma pessoal:
“Durante a minha estadia na seleção, eu assumi todas as despesas — o que não devia acontecer.”
Luís Boa Morte "não foi bem aproveitado"
Sobre o antigo selecionador Luís Boa Morte, Catio Baldé considerou que o técnico não teve condições para desenvolver um trabalho à altura:
“Luís Boa Morte é um jovem treinador com uma carreira sólida. Veio certamente atraído por um bom projeto, mas não sabia que ia encontrar um país desorganizado, sem infraestruturas e sem equipamentos adequados.”
Apelo à reorganização das academias
Para o futuro do futebol nacional, Baldé defende a reestruturação das academias como ponto de partida:
“É preciso organizar as academias para que o sucesso possa chegar a todos os projetos, em benefício do futebol guineense.”
RTB/Elvis Da Silva

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