sexta-feira, 23 de maio de 2025

UE e Cabo Verde lutam contra abuso sexual infantil


Cabo Verde – A União Europeia, em parceria com o governo de Cabo Verde e as Aldeias Infantis SOS, promove na cidade da Praia o terceiro diálogo de alto nível sobre violência sexual contra crianças e adolescentes.

O encontro tem como principal objectivo promover o debate sobre a violência sexual infantil, avaliar os avanços alcançados e os desafios persistentes, à luz das recomendações dos diálogos políticos realizados em 2023 e 2024.

Reforçar o diálogo construtivo em torno da prevenção e combate à violência e ao abuso sexual de menores é também um dos propósitos desta iniciativa, promovida pela União Europeia em Cabo Verde. A embaixadora dos 27 Estados-Membros, residente na cidade da Praia, Carla Grijó, afirmou que a prevenção e o combate ao abuso sexual infantil exigem uma resposta integrada e estruturada, envolvendo a sociedade civil, o governo e outros actores essenciais.

“Enquanto parceira neste esforço coletivo, a União Europeia, além de promover este diálogo, apoia desde o início do ano o projeto Junta-Mon, coordenado pelas Aldeias Infantis SOS. Queremos que este seja um exemplo concreto da aposta em sinergias entre a sociedade civil e as instituições públicas, para reforçar a prevenção e a proteção, dando especial atenção ao trabalho com as famílias e comunidades”, afirmou Carla Grijó.

Sgundo o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, o trabalho de prevenção e combate à violência e ao abuso sexual de crianças deve ser um compromisso de todos.

“Um incansável trabalho de sensibilização e educação junto das escolas, das comunidades, das famílias, é fundamental, porque precisamos sedimentar, em primeiro lugar, comportamentos de repulsa e denúncia de abusos e violência sexual contra crianças e adolescentes, mas também, ao mesmo tempo, garantir a proteção das vítimas e a penalização dos agressores”, defendeu Ulisses Correia e Silva, na cerimónia de abertura do evento.

Este diálogo dá continuidade a um processo iniciado em 2023, que tem gerado impactos nas políticas públicas e nas práticas institucionais. Este ano, o foco está na necessidade de garantir que nenhuma criança continue invisível perante o sofrimento, promovendo uma escuta activa e o envolvimento directo das famílias e comunidades.

Por: Odair Santos/fr/pt/


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