quinta-feira, 3 de outubro de 2024

TÉCNICOS E PARCEIROS DO IMC DEBATEM A SITUAÇÃO DA VIOLÊNCIA, ABUSO E EXPLORAÇÃO DAS CRIANÇAS


O Instituto da Mulher e Criança (IMC) reconheceu, esta quinta-feira (03-10), que a situação da violência, abuso, exploração e negligência contra as crianças não é a melhor no país nos últimos anos.

“Reconhecemos que não é do melhor, embora há esforço que estão a ser feita, prova de isso é este evento que estamos a realizar aqui hoje”, diz o coordenador do Comitê Nacional para a Prevenção e Combate ao Tráfico dos Seres Humanos, Ussumane Embalo, aos jornalistas esta manhã, à margem da apresentação pública dos dados nacionais sobre a violência, abuso e exploração contra as crianças no país, recolhidos através do mecanismo Kobo Collect.

O responsável afirma no entanto que estão empenhados nos últimos anos, “na criação de mecanismo nacional para colheita dos dados no país, uma vez que tem registado muita ausência das denúncias nas comunidades”.

O Ussumane Embalo entende que, a falta de informação, negligência de alguns pais e encarregado de educação e a não escolarização das crianças são as principais causas do aumento deste fenómeno no país.

“Falta de informação e as consequências de violação dos direitos das crianças, de um outro lado, o aspeto relacionado com a negligência de vários pais e encarregados de educação que ao invés de cuidar dos seus filhos coloca-as nos últimos planos e a situação de não escolarização das crianças torna-as mais vulneráveis, porque em vez de estar na escola num determinado período fica na rua e exposto a violência aos mais adultos”.

Para já, segundo o coordenador do Comitê Nacional para a Prevenção e Combate ao Tráfico dos Seres Humanos a zona leste e o sector autónomo de Bissau têm liderado a situação da violência, abuso e exploração contra as crianças na Guiné-Bissau.

Como conter a situação, Ussumane Embalo aponta “ divulgação dos dados” para compreender onde existe o problema e o porquê deste problema para depois “criar os mecanismos de resposta”.

A questão da mendicidade e venda ambulatória são mais frequentes nas zonas mencionadas, por exemplo, em Bissau, há relatos que as meninas são violentadas sexualmente por adultos durante as suas atividades de venda ambulatória.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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