O presidente do Plataforma Aliança Inclusiva PAI Terra-Ranka, Domingos Simões Pereira, afirmou esta terça-feira, 22 de outubro de 2024, que cada dia do funcionamento de um governo de iniciativa presidencial é um “atentado contra a soberania guineense” e “o estado de direito democrático” e pior ainda é que “temos a Assembleia Nacional Popular invadida por forças estranhas, isso tudo não contribui nem para a paz social nem para um diálogo com os parceiros internacionais”.
Domingos Simões Pereira falava à imprensa depois do encontro com o Movimento Nacional da Sociedade Civil na sede dos libertadores.
A Sociedade Civil tem vindo a reunir-se com os partidos políticos e coligações para transmitir-lhes que não há condições para o país ir às eleições neste momento e tendo em conta as questões levantadas, os órgãos de soberania devem ser sensibilizados para repor a normalidade constitucional e depois abrir um quadro de diálogo mais abrangente.
“Sociedade Civil transmitiu-nos a sua preocupação relativamente ao quadro político vigente a luz da marcação para o dia 24 de novembro das eleições legislativas e foi bastante expressiva em manifestar a preocupação para a criação de um quadro de diálogo, de entendimento e de consensos alargados para que as eleições possam acontecer num clima mais apaziguado. Nós saudamos essa intenção e iniciativa, mas chamamos atenção à Sociedade Civil para o tempo e a oportunidade desse pronunciamento”, disse Domingos Simões Pereira.
“Lembramos à Sociedade Civil a nossa compreensão sobre o papel do movimento e a sua forma de manifestação”, sublinhou.
O dirigente da Plataforma Aliança Inclusiva PAI Terra-Ranka defendeu que todos os órgãos de soberania devem conformar a sua atuação com a lei e o diálogo deve ser no sentido de poder respeitar e aplicar a lei e nunca o diálogo como forma de encontrar alternativa à lei.
Por seu lado, o presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Fode Caramba Sanhá, disse que manteve o encontro com Plataforma Aliança Inclusiva PAI Terra- Ranka no sentido de discutir todos os problemas do país, num diálogo aberto e responsável, criando condições que permitam que a Guiné-Bissau não se frustre depois do processo eleitoral, como também evitar cíclicas interrupções das legislaturas.
O responsável do Movimento Nacional da Sociedade Civil disse que não levaram soluções de nenhuma parte, mas sim querem saber da vontade das partes no sentido de poder sentar à mesa para discutir e ultrapassar todos assuntos que comprometem a estabilidade governativa no país, também resolver a questão do Supremo Tribunal de Justiça(STJ) e a Comissão Nacional de Eleições(CNE), que” estão numa situação difícil e complicada”.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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