O escritor guineense Adulai Sila, foi distinguido a 12 de outubro com o Prémio literatura da Lusofonia, na gala da 8ª edição, que decorreu no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, sob o lema: o universo da língua portuguesa e da lusofonia tem a dimensão do sonho e todos os grandes sonhos são inesgotáveis.
“A obra de Abdulai Sila, amplamente reconhecida, constitui um ativo cultural incontornável e é, sem dúvida, uma obra que presta um serviço de elevada representatividade e craveira à Literatura Guineense e à Literatura Lusófona. A atribuição do PRÉMIO LUSOFONIA 2024, Área LITERATURA surge, assim, como natural e de inteira justiça”, justificou a organização na sua página no Facebook.
Também foram distinguidas 15 personalidades dos nove países que têm a língua portuguesa como língua oficial, com destaque para o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão. Os Prémios da lusofonia, que foram lançados em 2017, reconhecem a vida e obra de cidadãos e cidadãs da lusofonia em várias áreas.
BIOGRAFIA
Abdulai Sila nasceu no dia 01 de abril de 1958, em Catió, Sul da Guiné-Bissau, onde frequentou a escola primária [1965-1970, pela Escola Missionária de Catió]. É empresário, romancista e dramaturgo. Além de ser engenheiro eletrotécnico, é também gestor de empresas. Em 1970 mudou-se para Bissau a fim de frequentar o Ciclo Preparatório de [1971-1973] e o liceu [1973-1978 pelo Liceu Kwame N´krumah (Bissau)]. De 1979 a 85 frequentou a Universidade Técnica de Dresden (Alemanha) e graduou-se em Engenharia Eletrotécnica.
De 1986 aos dias de hoje, tem participado com sucesso em vários cursos de formação nos EUA e em outros lugares sobre redes de computadores e gestão de LAN, rede de Cisco, segurança na Internet, entre outros. Além da paixão e compromisso para com o desenvolvimento das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), acumulou, desde sempre, o interesse pela literatura e escrita.
No domínio científico-técnico, Sila escreveu cinco obras, uma na Alemanha e resto de leque de obras em Bissau. O Engenheiro, economista, investigador social e escritor guineense, no campo literário, escreveu seis (6) obras, entre elas estão esta última “Dois Tiros e Uma Gargalhada”, Eterna Paixão, O Reencontro, A Última Tragédia, Mistida, As orações de Mansata e ‘Memórias SOMânticas’ [Março e 2016].
Em 2013 foi condecorado pelo Estado francês, que o consagrou como “Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres”. Das recentes distinções recebidas constam o Prémio Prestígio (Teatro) da RTP África (2021), o Prémio Guerra Junqueiro, “100 Personalidades Negras mais influentes da Lusofonia” (Revista Bantumen, 2023), Diploma de Mérito da Federação das Associações de Deficientes da Guiné-Bissau (2023).
Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb
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