segunda-feira, 4 de março de 2024

Presidente da Liga: “EM NENHUM MOMENTO A LGDH FACILITARÁ A VIDA A VIOLADORES DOS DIREITOS HUMANOS”


O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, afirmou esta segunda-feira, 04 de março de 2024, que em nenhum momento a organização que lidera facilitará a vida de violadores dos direitos humanos na Guiné-Bissau.

Bubacar Turé disse que a Liga está a trabalhar para provar à sociedade que está cada vez mais ativa e vigilante para denunciar as atrocidades e atropelos que têm sido cometidos no país e o pão de cada dia do atual regime.

“As forças de defesa e segurança e outros atores são insensíveis também ao livre exercício de liberdades fundamentais dos cidadãos”, acrescentou.

O ativista falava na cerimónia de inauguração da feira de livros e homenagem à Fátima Proença, um dos membros fundadores da Casa dos Direitos, realizada nas mesmas instalações em Bissau.

O presidente da Liga disse que a homenagem serviu para lançar uma mensagem à sociedade, aos atores políticos e aos violadores dos direitos humanos.

“Os ativistas dos direitos humanos não vão desistir das suas ações. Sim, vão continuar a renovar cada vez mais as energias e esforços para desafiar todas as iniciativas que visam limitar o espaço cívico das organizações da sociedade civil, sobretudo a violação dos direitos humanos”, assegurou.

Sobre a inauguração da feira de livros na Casa dos Direitos, Bubacar Turé enfatizou que a feira de livros é uma “atividade emblemática” da Casa dos Direitos, que “normalmente acontece na quinzena dos direitos humanos, de 01 a 15 de dezembro”.

“Não aconteceu naquele período, devido aos acontecimentos de 30 novembro a 01 de dezembro. Ficou adiada para o início do mês em curso, com duração de 9 dias”, esclareceu.

Turé informou que um dos objetivos da inauguração da feira de livros é dar oportunidade aos cidadãos para poderem comprar e ler livros em diversas áreas, nomeadamente literatura, cultura, direitos humanos, economia e poesia, porque “a leitura faz parte dos direitos humanos”.

“Não podemos estar a falar da promoção dos direitos humanos, da cidadania e da cultura de paz, ignorando livros que são os companheiros e nos permitem refletir e inspirarmo-nos para conseguir projetos, implementá-los em prol da melhoria de condições de vida das nossas populações”, sublinhou.

Lembrou que a inauguração da feira de livros é associada a uma cerimónia de homenagem à Fátima Proença que tem tido um papel importante em tudo o que são a dinâmica das organizações da sociedade civil, desde os anos 80 ou 90 até à data presente.

“Essa é a melhor maneira que encontramos para saldar a dívida com ela antes de morrermos”, afirmou.

Por seu lado, a homenageada, Fátima Proença, disse que chegou a Bissau em 1983 e foi a primeira vez que viajou para um país africano, onde trabalhou na altura na secretaria de Estado, Plano e Cooperação internacional e no ministério de informação, numa iniciativa de apoio a reorganização do centro de documentação Amílcar Cabral.

Frisou que durante a sua estadia no país, a tradição guineense marcou-lhe e a partir daí começou a sua ligação com a Guiné-Bissau.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb.

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