segunda-feira, 4 de março de 2024

Agricultura. GUINÉ-BISSAU PERDE CERCA DE 40% DA SUA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DEVIDO ATAQUES DAS PRAGAS

O director-geral da Agricultura revelou hoje que a perda de produção agrícola devido aos ataques das pragas estima-se em 40%, na Guiné-Bissau quando a medida de controlo não for implementada atempadamente.

“As perdas de produção devido ao ataque de pragas estima-se em cerca de 40% quando medidas de controlo não forem implementadas atempadamente”, revelou o agrónomo guineense e igualmente director-geral da Agricultura, Júlio Malam Injai na abertura do encontro de capacitação dos técnicos nacionais dos serviços de Protecção Vegetal sobre segmentos e colecta de dados dos organismos nocivos das plantas.

Segundo o responsável “é nesse âmbito que a Guiné-Bissau é um dos onze países piloto contemplado no Programa Fitossanitário Africano (APP), uma iniciativa do Sistema da CIPV (Convenção Internacional da Protecção Vegetais) que visa dotar as autoridades nacionais, nomeadamente as Organizações Nacionais de Protecção das Plantas (ONPP), com a capacidade necessária para detectar e responder rapidamente o ataque dos organismos nocivos das culturas com consequências regulamentares económicas ed ambientais”.

O agrónomo afirmou no entanto que “a Guiné-Bissau possui condições edafo-climáticas que propiciam a ocorrência de diferentes tipos de organismos nocivos durante o desenvolvimento das culturas”

Na mesma ocasião, Júlio Malam Indjai, apontou duas das principais espécies mais preocupantes para agricultura quer pelos estragos que provocam, assim como dos cuidados exigidos na exportação dos produtos para regiões livres dessas pragas.

“A spodoptera frugiperda e bactrocera dorsais são, atualmente, as espécies mais preocupantes para a agricultura, quer pelos estragos que provocam quer pelos cuidados exigidos na exportação de produtos para régios livres dessas pragas”, diz apontando que “ o domínio das ferramentas que propõem nesta formação vai permitir o nosso país dispor agora de agentes qualificados em técnicas de vigilância e recolha de dados de spodoptera frugiperda e bactrocera para que se possa ter dados fiáveis para a gestão correta destas pragas”.

Entretanto, a directora do Serviço da Proteção Vegetal, Maria de Sá Évora aponta os anos 2006 e 2017, como anos em que o país foi confrontado com estas duas pragas nas “mangas e milho pondo em perigo a segurança alimentar”.

Segundo o representante da FAO na abertura dos trabalhos, o programa Fitossanitário Africano (APP) em colaboração com a Convenção Internacional da Proteção Vegetais (CIPV) e a própria FAO, visa adoptar as organizações nacionais encarregue da Proteção Vegetal, da abordagem científica, da tecnologia de ponta e ferramentas para monitorar, prevenir, detectar e em ultimas analises gerir as principais pragas e doenças das plantas que constituem uma ameaça a segurança alimentar, o ambiente e o crescimento económico.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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