quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Secretário-geral da UNTG: “A CORRUPÇÃO NÃO PERMITE DIVISÃO JUSTA E EQUITATIVA DA RIQUEZA DE UM PAÍS”


O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores (UNTG), Laureano Pereira da Costa, defendeu que é necessário banir a corrupção da Guiné-Bissau, porque “ se não acabarmos com a corrupção, toda a riqueza produzida será compartilhada de forma injusta”.

Laureano Pereira da Costa falava esta terça feira, 09 de janeiro de ano 2024, depois de uma audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, com quem disse ter abordado os problemas dos trabalhadores da Guiné Telecom e da Guiné Tel.
O sindicalista afirmou que sem a paz social, não se pode falar de desenvolvimento, porque “é necessário produzir para depois fazerem-se exigências dessa produção”, lembrando que o encontro com o chefe de Estado serviu também para falar das dificuldades que os servidores públicos estão a enfrentar.

Realçou a situação dos funcionários das duas empresas públicas, a Guiné Telecom e Guiné Tel, que estão no processo de relançamento.

“Os trabalhadores manifestaram a sua preocupação fase a essa iniciativa do governo e querem que lhes sejam pagos os seus salários em dívida antes do lançamento do concurso de privatização. Os trabalhadores dos Correios também estão há vários meses sem salários. Temos informações que têm um acordo com um dos bancos comerciais que terá permitido pagar três biliões de francos CFA em contrapartida dos seus bens e imóveis”, lamentou.

Laureano Pereira da Costa sublinhou que para que esse valor seja desbloqueado será necessário que o governo assine uma carta de conforto para permitir a continuidade da funcionalidade da empresa.

Explicou aos jornalistas que foi pedir ao presidente Sissoco Embaló para que use a sua influência de forma a que o governo possa assinar a carta de conforto e, consequentemente, o pagamento de salários aos trabalhadores da Guiné Telecom.

Insistiu que um dos desafios da UNTG é que o salário mínimo nacional seja fixado em 130 mil francos CFA.

“Apenas estamos a aguardar o período estipulado de noventa dias para permitir que executivo de iniciativa presidencial familiarize com documentos para depois avançarmos com essa preocupação”, assinalou e disse estar preocupado com os problemas dos sindicatos filiados na UNTG e na Confederação Geral dos Sindicatos Independentes (CGSI).

O sindicalista não descartou os problemas sociais, lembrou que o sindicato entregou o caderno reivindicativo,

“Temos informações do caderno reivindicativo entregue por um dos seus sindicatos, mas entregar um caderno reivindicativo não significa começar uma greve”, disse e pediu diálogo franco entre o governo e os parceiros sociais.

“O governo deve assumir as suas responsabilidades com os funcionários”, defendeu e revelou que o chefe de Estado manifestou a vontade e disse estar disponível para usar a sua influência de magistratura para ajudar a resolver os problemas sociais.

Por: Noemi Nhanguan
Conosaba/odemocratagb

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