segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Polícia usa da força para dispersar manifestantes


A coligação Plataforma Aliança Inclusiva, Terra Ranka, convocou para esta segunda-feira, 8 de Janeiro, um protesto contra o regime do Presidente Umaro Sissoco Embalo. Apesar da forte repressão policial, algumas manifestantes saíram às ruas de Bissau.
Um grupo de pessoas, na sua maioria jovens, manifestou-se hoje em algumas arteiras de Bissau, nomeadamente junto à sede das Nações Unidas. A polícia ocupou as principais avenidas de Bissau e todos os pontos de confluências de bairros, bem como locais de aglomeração de pessoas, e usou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.

Pelo menos três pessoas ficaram feridas e outras sentiram-se mal devido à inalação do gás lançado pelas forças de ordem. A Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), organizadora da manifestação, denunciou o uso de força pelas autoridades, impedindo os cidadãos se manifestem.

"Nesta manhã do dia 08 de Janeiro de 2024, verificou-se, mais uma vez, o carácter autoritário e ditatorial que o regime actual pretende instalar na Guiné-Bissau. Forças de ordem e segurança, fortemente armados com tanques de água e a mando das autoridades ilegais, detiveram alguns manifestantes e lançaram granadas de gás lacrimogéneos para dispersar uma manifestação popular, convocada pela coligação PAI -Terra Ranka, junto à rotunda de Chapa de Bissau e, posteriormente, junto à Sede das Nações Unidas na Guiné-Bissau", pode ler-se na página de Facebook do PAIGC.

No entanto, a coligação afirmou que essencial da manifestação foi alcançado, levando o povo à rua para protestar contra a decisão do Presidente Umaro Sissoco Embaló dissolver o Parlamento eleito.

Nos próximos dias, a coligação, liderada por Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), promete dar uma conferência de imprensa para reagir à situação política que se vive no país.

A RFI tentou contactar Botche Cande, ministro do interior da Guiné-Bissau, mas até ao momento sem sucesso.

Por: Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt





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