quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Cabo Verde: PAICV considera "exagero" pensar na destituição do Presidente da República

Vencimentos da Primeira Dama de Cabo Verde geram controvérsia. © Facebook/Débora Katiza Carvalho

Em Cabo Verde, o PAICV, oposição, considera exagerado a possibilidade de destituição do Presidente da República, na sequencia da polemica sobre o pagamento de salário à primeira-dama, considerado ilegal.

Em Cabo Verde, devido a polémica sobre o pagamento de salário à primeira dama – 310.606 escudos, cerca de 2.817 euros - considerado ilegal, há quem defenda um processo de destituição do Presidente da República. O PAICV, partido do Presidente, diz que o pedido de destituição é um exagero.

Para além do PAICV considerar um exagero pensar em pedir a destituição do Presidente da República, José Maria Neves, por causa da polémica sobre o pagamento de salário à primeira-dama, o vice-presidente do PAICV e líder parlamentar do mesmo partido, João Baptista Pereira, disse que a destituição do chefe de Estado, por causa desta polémica, seria mau para o país e para a democracia.

Seria claramente um exagero e quem alimenta esta perspectiva, eventualmente, não está a ver a floresta toda, porque nós estaríamos a abrir um precedente extremamente mau para Cabo Verde.

Se acontecer hoje pode acontecer amanhã.

Nós devemos analisar o que pode dar azo a um processo de destituição do Presidente da República, enquanto mais alto magistrado da nação, eleito directamente pelo povo e, no caso de Cabo Verde, um presidente que foi eleito por maioria absoluta e à primeira volta.

Portanto, tem uma base de legitimidade extremamente ampla.

Por sua vez, a primeira-dama disse que está em paz quanto à polémica sobre o seu estatuto e salário. Débora Katiza Carvalho, contida nas respostas às perguntas dos jornalistas, remeteu para a Presidência da República qualquer comentário sobre o caso.

“Como compreenderão é um caso que diz respeito à Presidência da República e como tal não vou comentar” disse à Primeira Dama, ao ser abordada pela imprensa à margem de uma actividade de cariz social, para acrescentar que se sente “em paz, tranquila e com serenidade”.

Por: Odair Santos
Conosaba/rfi.fr/pt/

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