terça-feira, 14 de novembro de 2023

OMS ENTREGA AO GOVERNO A FÁBRICA DE OXIGÉNIO MÉDICO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) entregou esta segunda-feira, 13 de novembro de 2023, ao governo a Fábrica de Oxigénio Médico, instalada no Hospital Nacional Simão Mendes.

A fábrica tem a capacidade de produzir um volume de 18 metros cúbicos por hora, fornecendo um máximo de 48 garrafas de oxigénio em 24 horas para alimentar todo o sistema hospitalar.

Depois da cerimónia de formalização da entrega, a representante interina da OMS no país, Chantal KambireDiarra, disse que durante a pandemia da Covid-19, a organização testemunhou o papel crucial que o oxigénio desempenha na prestação de serviços de saúde, com a necessidade de aumentar a disponibilidade de oxigénio médico no Hospital Nacional Simão Mendes.

A representante interina informou que o fornecimento regular de oxigénio médico é fundamental no tratamento de doenças respiratórias, procedimentos cirúrgicos, cuidados de emergência e intervenções médicas.

A fábrica entregue ao executivo foi totalmente financiada pela OMS, como uma resposta e garantia de que as infraestruturas de cuidados de saúde a nível nacional estão equipadas para enfrentar quaisquer desafios no futuro.

Chantal Kambire Diarra assegurou que a fábrica funciona com a máxima eficiência, respeitando as mais rigorosas normas de qualidade e de segurança para garantir um fornecimento ininterrupto de oxigénio medicinal.

Lembrou que a equipa da OMS formou oito técnicos para assegurar o funcionamento e a manutenção regular dos equipamentos instalados na fábrica.
“A OMS tem o prazer de entregar esta fábrica de oxigénio médico que serve de símbolo da dedicação à melhoria dos cuidados de saúde da população da Guiné-Bissau. O compromisso com os cuidados de saúde é uma responsabilidade coletiva que todos partilhamos. Juntos esforcemo-nos para manter esta tábua de salvação, fonte de esperança e assegurar que o sopro da vida continue a estar prontamente disponível para todos os que dele necessitam”, sublinhou.

Por seu lado, o ministro da Saúde Pública, Domingos Malú, advertiu que a entrega da fábrica de oxigénio medicinal colocada no maior centro hospitalar do país é um gesto tão importante para salvar a vida da população guineense.

“A fábrica vai ser assumida pelo governo, de acordo com as orientações e indicações para a sua manutenção, como forma de preservar o esforço dado pela OMS, que financiou a unidade”, indicou.

Domingos Malú informou que o Ministério da Saúde Pública já recebeu a anuência do coletivo governamental no sentido integrar os técnicos de saúde que haviam sido retirados do sistema.

Reconheceu que, com essa possibilidade, terá “um trabalho árduo” para estruturar o sistema nacional de saúde e tentar superar todas as dificuldades, colocando pessoas nas unidades hospitalares devidamente.

“Queremos aproveitar essa oportunidade para chamar atenção que a Guiné-Bissau não é apenas Bissau. Todos os quadros querem trabalhar em Bissau. Temos que ajustar Bissau na medida de um centro de saúde tipo C e deve ter um número de técnicos de acordo com a sua capacidade. Se ultrapassar, o pessoal deve ser reduzido”, disse.

Domingos Malú reconheceu que os centros de saúde de Bissau têm excesso de técnicos, “enquanto nas regiões temos falta de técnicos”.

“Vamos fazer um trabalho com toda a determinação, reintegrar os técnicos que haviam sido retirados do sistema, assumindo a nossa responsabilidade de colocar pessoas de acordo com a necessidade dos centros e hospitais do país”, assinalou.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb.

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