terça-feira, 14 de novembro de 2023

Aos Djumbai di povo.

A mudança que o povo reclama, ao votar massivamente no General Umaro Sissoco Embalo, é um sinal forte da premente necessidade de ruptura com o regime que, durante muitos anos não conseguiu corresponder às aspirações daqueles que tudo deram para libertar o fidju di tchon da opressão do mais retrogrado dos colonialismos, o português, apesar de ter nos primeiros anos de independência, com o Luís Cabral, dado esperança ao Guineense.

É também um sinal da necessidade de boa governação e do império da lei, não aquele império da lei tão propalado que, quando se invoca é apenas para alimentar certos caprichos políticos. Império da lei que venha a consolidar o estado de direito democrático, permitindo sobretudo reprimir severamente aqueles que pensam que o exercício de alto cargo no Estado é para se servir e não para servir o povo, como tem acontecido ao longo dos tempos.
Império da lei que venha a rever os casos dos crimes cometidos ao longo dos anos, dos enriquecimentos ilícitos. Império da lei que confisque os bens roubados e os restitua ao povo, sobretudo as mansões compradas no estrangeiro Paris, Lisboa, Dakar, Praia, São Vicente, etc., bens esses já identificados.
Em relação à presidência do General Umaro Sissoco Embalo, os Guineenses têm que ter os olhos bem abertos, não só para controlá-lo, o que aliás sempre se manifestou e encorajou, como também controlar o Governo com o qual é obrigado coabitar, pelo menos nesta fase, para evitar a delapidação do tesouro público e a transformação das empresas do Estado em fontes de emprego para familiares e amigos, bem como uma fonte de receita para alimentar os vícios dos membros de um determinado sector da nossa sociedade.
Ganhar umas eleições presidenciais não é tarefa fácil, mas o mais difícil ainda é gerir essa vitória, sobretudo quando estamos rodeados de predadores que só olham para os seus interesses, e que julgam poder exercer a pressão sobre o Presidente da República para satisfazer os seus caprichos, a todo o custo, defraudando as expectativas do povo que nele depositou a sua confiança através das urnas.
Muitos dos Guineenses que apoiaram o General Umaro Sissoco Embalo e que aspiravam a mudança, o fizeram incondicionalmente e não à espera de qualquer recompensa, pois o que lhe interesse é ver o pais desenvolver-se para que cada um possa trabalhar e ganhar honestamente o seu pão de cada dia.
Há também os eternos candidatos a membros do Governo, alguns até cadastrados, que de certeza vão querer estragar a presidência do General Umaro Sissoco Embalo, empurrando-o a tomar medidas inoportunas, não para salvaguardar as conquistas desta revolução, mas para satisfazer os seus caprichos.
O General Umaro Sissoco Embalo que é militar e sabe muito em que as regras devem funcionar, nunca vai cair nessa tentação, e muito menos ceder a qualquer pressão, venha ela donde vier, porque sabe que as legislativas de 04 de junho do ano 2023, foram ganhas com maioria absoluta pelo PAI-terra-ranka, o que significa que vai coabitar com o Governo desse partido e vai apoia-lo n âmbito das suas prerrogativas para transformar o país.
Espera-se também do Governo do PAI-terra-ranka uma sã colaboração, através de um diálogo construtivo, para evitar constantes desentendimentos que podem levar o General Umaro Sissoco Embalo a fazer o que precisamente muitos gostariam de ver - a demissão do Governo para nomear um Governo de “tchapa tchapa”, em que integrariam lagartos, lagartixas, cobras, ratos e ratazanas.
O Governo do PAI-terra-ranka deverá dar provas de sinceridade, competência, ambição, espirito de abertura, para poder merecer do General Umaro Sissoco Embalo o indispensável apoio de que necessita para revolver as montanhas de problemas com que vem debatendo, mas com este Primeiro-ministro que deve ser apoiado por sua Excelência.
O PAI-terra ranka deve começar a pensar desde já numa coabitação mutua e não na musculação com a sua excelência General Umaro sissoco Embalo, que tem poderes na nossa constituição da república, e também ajudar muito numa boa governação de governo liderado por Dr. Geraldo J. Martins.
Eu sei que muitos dos ultras não vão gostar desta minha posição, mas isso não me preocupa, pois o que que motiva é de ver a nossa erguer-se no patamar daqueles países que nos rodeiam e mesmo ultrapassa-los porque temos recursos naturais e humanos para operar esse milagre.
Não podemos e nem devemos deixar que o General Umaro Sissoco Embalo, seja empurrado a violar a Constituição da República. Só se pode equacionar a hipótese da demissão do Governo do PAI-terra ranka se não deixar de ter maioria parlamentar, mas isso só é verificável no hemiciclo e não no gabinete.
Não pretendo dar nenhuma lição e nem tenho essa competência, mas é meu entendimento de que o grandes partido da oposição, MADEM G15, têm de concentrar os seus esforços na fiscalização da ação governativa.
Do que os Guineenses precisam é de uma equipa de gente séria, trabalhadora e incorruptível, para em tempo record, fazer sonhar de novo o Guineense.
Muitos dos membros deste Governo são competentes, alguns nunca desempenharam cargos ministeriais, mas em pouco tempo conseguiram fazer a diferença, pelo menos nestes aspetos, humildade, competência, capacidade de escuta e de gestão participativa do departamento sob a sua jurisdição.
Neste particular, não posso deixar e me referir a duas individualidades em relação às quais nem tenho a necessidade de pedir autorização, devido ao respeito e consideração que nutro por elas, Dr. Augusto Menjur que foi diretor de das alfandegas de SAB. a Dra. Cadi seide. Graças a Deus, não sou cego, mudo e muito menos surdo, e sou um cidadão atento e responsável, por isso sei do que falo. Ao me referir a essas duas figuras, não quer isso dizer que não tenha apreço pelos restantes. Longe disso!
Portanto, deixem governar, de acordo com as disposições constitucionais, o General Umaro Sissoco Embalo, que vai dispor de um período de graça muito curto, porque com a sua vivência e experiência acumulada junto de chefes de estado amigos, além dos apoios que irá ter dos ex-chefes de estado, José Mário Vaz, Raimundo, Pereira e Martinho Dafa Cabi O General Sissoco Embalo não terá por isso direito a erro.
A musculação do líder e coordenador do PAI-terra-ranka e o seu candidato a presidências de 2025 não devem ser motivos para que o seu governo seja afastado, sem que perca a maioria parlamentar. É a política, e essas manobras têm de ser analisadas nessa perspectiva, não devendo levar a que o General Umaro Sissoco Embalo, seja influenciado pelos ultras para fazer asneiras e não concentrar-se no essencial, que é de dar todo o seu apoio ao Governo para se pôr definitivamente termo a esta crise.
Nota: esse artigo e de total autoria de yanick!
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Por: Yanick Aerton

Sem comentários:

Enviar um comentário